terça-feira, 17 de abril de 2018

Expedito; o santo da penúltima hora

As minuciosas histórias por traz da Festa de Santo Expedito
No dia 03 de maio de 2003, a Paróquia/Santuário de Nossa Senhora de Nazaré celebrou com todo júbilo a primeira festa em honra a Santo Expedito, na cidade, contando com a colaboração e organização da Dona Cecília, fervorosa devota do Santo que, ao receber através de sua intercessão uma graça, se colocou a frente da promoção dessa festa que em 2018 comemora seus 15 anos trazendo consigo muito fatos, lembranças e saudades.
Santo Expedito vivia uma vida entregue às libertinagens mundanas e quando resolveu se converter ao cristianismo, recebia sempre uma imposição vinda do inimigo e adiava sempre esse feito em sua vida, mas em um dia resolveu apagar sua vida de pecado e renascer para uma nova vida, para isso foi capaz de massacrar um corvo que gritava 'Cras', que significa 'amanhã' e fez com que a voz de sua vontade ecoasse mais alto; "Hodie". Por não adiar mais sua conversão, Santo Expedito é recorrido como o Santo das Horas Urgentes, da Penúltima hora.
Quem recorreu a Santo Expedito em uma hora urgente foi Dona Cecília, que ao enfrentar em sua casa o drama do alcoolismo, teve no santo intercessor um grande companheiro. Ela relata com brilho nos olhos e corpo arrepiado o dia que começou uma novena em honra a Santo Expedito junto com toda família em intenção do filho e antes da novena terminada, mais precisamente no 3º dia, ela recebeu a notícia que sua preces foram atendidas. Agradecida, ela procurou o pároco da época, Padre José para promover as festividades de Santo Expedito.
Dona Cecília recorda do dia que procurou o amigo Padre Casimiro e disse a ele: "Padre José, aqui não tem imagem de Santo Expedito, se eu conseguir uma o senhor faz uma procissão?". Padre José ainda passou a fervorosa devota a metragem da imagem e ela então providenciou e no dia 03 de maio do ano de 2003, a veneranda imagem de Santo Expedito saiu em procissão pelas ruas da cidade, reunindo inúmeros devotos do santo das causas urgentes.
Em todos cantos de sua casa, podem ser encontradas imagens de Santo Expedito e ela mostrou ao membro da Pascom o que ela traz em seu quarto e o coloca na janela de sua casa todas as vezes que a procissão de Santo Expedito passa por ali. Dona Cecília recordou também dos devotos do Santo que partiram para a glória celeste: Sr Antônio do Emídio, José Teixeira e sua companheira Carmen, ou melhor Tute, que ia de casa em casa arrecadando donativos para o leilão de Santo Expedito que acontecia todos os anos após a Missa. 
Uma tradição da festa de Santo Expedito também é a procissão das oferendas, onde o pão e o vinho e as demais ofertas são levadas até o presbitério pelas mãos de muitos devotos do Santo que receberam do fiel companheiro uma graça precisa e urgente; Joana D'arc, Carmen Ângela e os familiares de Dona Cecília. 
A gratidão a Santo Expedito se perpetua na casa de Dona Cecília de diversas formas, seja na Festa promovida todos os anos ou também pelo exemplo de perseverança. 15 anos após a graça alcançada, o alcoolismo continua longe da vida do filho e trazendo paz ao coração da mãe que tanto já se preocupou e hoje é agradecida. Pelas mãos dela, ímpar costureira, foi bordado um quadro com a oração da sobriedade, recitada fervorosamente pelos Alcoólicos Anônimos. 
A Festa de Santo Expedito acontece, na Paróquia, no domingo próximo (22), as Missas dominicais das 8h e das 10h30min abrem o dia que será encerrado com a procissão às 18h30min e a Santa Missa pelo 4º Domingo Pascal e memória do mártir de Cristo, logo em seguida.
Agradecimentos: Dona Cecília.
Colaboradores: Maria de Lourdes Resende, Carmen Ângela.
Matéria: Rodrigo Augusto
Fotos: Rodrigo Augusto, arquivos da Pascom e internet.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Peregrinação da Rosa Mística no Domingo da Misericórdia

“Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor.”(Marcos 6,34)
Celebrando o domingo da divina misericórdia no dia oito de abril de 2018, o grupo do Cenáculo de Nossa Senhora Rosa Mística, de Nazareno que, há muitos anos, faz a peregrinação com a imagem de Nossa Senhora e o quadro da Divina Misericórdia refez este trajeto de cerca de 60 km, saindo da sede da paróquia às 9h30min e retornando às 18h30min, passando pelas comunidades dos Forros, Pinheiro, Canjica, Martins, Mibra, Coqueiro e Taquaral, fazendo nove paradas para rezar, ler as leituras do dia e fazer a oração do Terço da Divina Misericórdia.
 
 
 
As pessoas esperavam ansiosas em suas comunidades pela chegada da Mãe. Arrumaram e enfeitaram mesas e altares para ser depositada a imagem e o quadro de Jesus, o Senhor da misericórdia. Cerca de 200 pessoas tiveram a graça de se aproximar, fazer suas orações e pedidos à sua mãe santíssima. Percebia-se nos olhos dos fieis a alegria e o prazer em ter por perto uma imagem de Nossa Senhora. Eles a tocavam e a beijavam. Todos os momentos de fé foram acompanhados de muita música ao som de violão. 
Estes momentos serviram não só de oração, mas também de encontro e confraternização entre os irmãos e irmãs. 
"A casa de Israel agora o diga: 'Eterna é a sua misericórdia" (Sl 117)

Matéria: Josiédson E. Pereira.
Fotos: Equipe do Cenáculo com a Rosa Mística.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Celebrai a Cristo, celebrai!

Caminhada da ressurreição movimenta Diocese e conta com a participação de jovens nazarenenses
O Setor da Juventude da Diocese de São João del Rei, promoveu no último sábado (7), uma caminhada luminosa para recordar e celebrar os passos do Cristo ressuscitado em meio aos seus discípulos. Tal caminhada aconteceu na cidade sede da diocese e contou com a participação de muitos jovens, inclusive da Paróquia/Santuário de Nossa Senhora de Nazaré.
Iniciada com muita animação, invocação do Espírito Santo e Oração pela paz, no Campus Santo Antônio pertencente a UFSJ, a Caminhada seguiu rumo à catedral do Pilar, passando por pontos significativos e Igrejas do Centro histórico da cidade.
Em frente à cúria diocesana, houve uma homenagem póstuma ao Excelentíssimo Reverendíssimo Bispo Diocesano Dom Frei Célio de Oliveira Goulart, falecido em 19 de janeiro de 2018. Ele foi um grande incentivador dos jovens na Diocese, criando o Setor Diocesano e elegendo, em uma assembleia geral, os jovens como uma das prioridades do trabalho do clero e de toda diocese. Na caminhada de 2017, Dom Célio, já debilitado dirigiu da janela da Cúria uma mensagem aos jovens que na o têm com companheiro na realidade celeste.
A caminhada teve 15 estações e em cada parada meditava os passos de Jesus e a Missão dele deixada para os seus. A 10ª estação foi meditada pelos jovens do Ministério da Palavra e do Jucc, os mesmos leram o trecho bíblico, fizeram as preces comunitárias e carregaram os andores com o Círio Pascal e a imagem de Nossa Senhora do Pilar que seguiram à frente dos jovens em toda caminhada.
Na escadaria da porta principal da Catedral do Pilar, houve uma apresentação sobre o ano do Laicato que propaga o dever da participação dos leigos cristãos na vida da Igreja e da sociedade. Nesse mesmo lugar, Jesus ressuscitado se fez presente na Sagrada Eucaristia , esse que foi o momento mais sublime e o ápice da celebração. A bênção do Santíssimo finalizou a caminhada que trouxe luz para todo povo e irradiou nos corações a grande certeza de que o Cristo caminha conosco.
"Ele não disse 'isto é como se fosse', Ele não disse 'isto é uma lembrança', Ele não é disse "isso é simbologia'. Ele disse 'isto é o meu corpo que é dado por vós'"

Matéria: Rodrigo Augusto.
Fotos: Paula Abreu, Rodrigo Augusto, Setor da Juventude da Diocese de São João del Rei.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Muitas coisas acontecem em três dias

Ele desceu de sua realeza para se fazer sacrifício por nós 
Em muitos filmes quando o povo está debilitado, a esperança perdida e as forças esgotadas, vem do alto, misteriosamente um herói para resgatar os fracos e lutar pelas causas perdidas. Do mais alto dos céus veio um herói de coração divino, consubstancial ao Pai que em uma sexta-feira fez o elo perfeito entre o céu e a terra e abriu os seus braços para que o mundo fosse salvo e os homens dignos de salvação.
Um herói que sofreu as dores diante de seu povo e na frente dos homens foi flagelado, maltratado e despido de suas vestes diante dos olhos da mãe que tanto O amou.
Por nós, foi crucificado, sob Pôncio Pilatos padeceu e foi sepultado. O Deus feito homem agora esta morto. Tudo é silencio, para seus amigos uma decepção. Na hora de seu sepultamento somente a Mãe e uns poucos que conquistaram sua amizade. E a multidão do " Hosana ao Filho de Davi"? Os saciados de pão, os curados de enfermidades e libertos de demônios?
Mas não importa onde eles estão, não importa os motivos de cada um para se afastar nesse momento.O Amor de Deus deixa suas marcas para que possa ser encontrado.
Deixou sua face no pano da mulher que o acolheu no sofrimento para que nunca esqueçam que ele jamais se esqueceu dos seus.
A lembrança dessa face ensanguentada, a memória daquele corpo pendente da cruz e a lembrança de tão silencioso sepultamento continua a reunir multidões. E por mais que seja encenado, cantado e revivido, tal amor é grande demais, não pode ser totalmente entendido por nossa humana razão. É por isso, por ser assim limitada a razão, que com piedade e devoção todos os anos uma multidão enche as ruas fazendo revivendo o enterro do Senhor. Outra vez a Verônica canta seu canto de dor, Maria, José, Nicodemos,João, soldados e ladrões ganham vida nas ruas de Nazareno.É preciso colocar-se nesse sepulcro com todas as misérias e limitações para entender o por que de tanto amor. 
"Eu, maltrapido, adornando a Ti. Reine no reino meu" (Rosa de Saron)
 
 
Amor que enfrentou a morte. Sim Jesus de Nazaré morreu.
Mas, você já parou para pensar que Ele venceu a morte?  
Ele venceu a morte!A esperança voltou, o homem soube que " Deus ama o seu povo de verdade.

A noite santa em que o cordeiro de Deus desceu à mansão dos mortos foi memorada de forma sublime e solene através da Vigília Pascal que concluiu, assim, as celebrações do Tríduo Pascal. Essa noite fulgurante testemunhou o momento vitorioso em que o rei dobrou o lençol ao chão e ergueu-se novamente para dar vida a todos.
A cera virgem do Círio Pascal foi preparada com os cravos e símbolos que indicam que Ele, Jesus é o início e o fim. Recebeu luz do fogo novo, nascido do raspar das pedras, todo natural, oriundo não doa artifícios humanos, mas fruto do que Deus criou por princípio.
O Círio que representa o Cristo ressurreto trouxe luz para todas as velas que estavam firmes das mãos das pessoas e depois tomou importante lugar de destaque no presbitério do Santuário de onde mais uma chama saiu, a luz para que todos pudessem renovar suas promessas batismais crendo no Cristo vivo e renunciando a realidade de pecado proposta pelo divisor.
Deus de Deus, luz da luz. 
Em uma liturgia cheia de momentos especiais, o Sábado Santo traz consigo o Canto do Exéult, os Aleluias novamente entoados e véu do templo rasgado, desvelando novamente os altares, as imagens para que a divindade de Deus possa novamente ser vista de forma esplêndida, pois Ele, o Senhor venceu a morte.
Depois do luto instaurado na Igreja, onde não se pode elevar a Deus o sacrifício da Santa Missa, na Vigília Pascal a Eucaristia foi novamente ofertada ao Pai celeste, e depois de consagrada, repartida ao povo para que todos encontrem no Cristo ressuscitado o motivo da alegria sem par daquela noite santa. Os mesmos cristãos testemunhas da ressurreição renasceram das águas do batismo depositadas ao redor de toda igreja para que, assim como Maria e João Evangelista no alto da cruz, possam ser banhados na mesma água que jorrou do lado esquerdo do peito do Salvador

"Eis que das trevas à luz, ressurge a vida e eu hei de compreender o que Deus tem pra mim" (Rosa de Saron)

Matéria: Carmen Nogueira, Rodrigo Augusto.
Fotos: Carmen Nogueira, Cássia Pereira,Helder Ramos, Karine Santos, Pâmella Neri, Rodrigo Augusto.