Domingo da Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo

 "Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto" (Cl 3,1)

A maior de todas as solenidades da Igreja foi vivida no domingo (04) com júbilo devido nas celebrações no Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, findando a Semana Santa que, ainda que vivida de forma atípica, teve o poder de tocar os nossos corações e nos convidar à ressurreição que está em Cristo Jesus. 

O domingo dos domingos, o primeiro deles, como orienta a Santa Liturgia teve como primeira celebração a Santa Missa Solene da Páscoa às 11h, transmitidas pelos meios de comunicação. 

A proclamação do Evangelho de Marcos recordou o belíssimo dia que o Senhor triunfou sobre a morte. Padre Márcio, em sua homilia, meditou sobre as pedras que tapam e prendem a humanidade, tendo a pandemia como essa pedra que assola a todos, que nos impedem de fazer caminho. 

Ao ver a pedra removida, Maria saiu correndo e nós somos chamados a remover essas pedras, tirar da nossa frente o que nos prende do poder caminhar. Dessa forma, a delicadeza de Deus é perceptível e essa delicadeza foi plantada em cada um de nós. A vida é de muitos modos bruta, bruta nos julgamentos, nos acontecimentos, assim, nós cristãos, somos exortados a demonstrar com a vida, a leveza de Deus, tirar as nossas pedras e a dos irmãos. 

Ao final da tarde, às 17h30min, deu-se início ao último rito da Semana Santa; o ofício das vésperas da Páscoa do Senhor, solenemente entoado na presença do Cristo Eucarístico. 

Após tal liturgia, o canto do Te-Deum bendisse a Deus pelas maravilhas operadas em nosso meio e a bênção do Santíssimo foi dada na porta do Santuário, abençoando toda a nossa cidade. 

No final da Santa Missa das 11h, o pároco agradeceu a todos pela dedicação e pelo empenho na celebração de mais uma Semana Santa, agradeceu também àqueles que fizeram presença acompanhando as celebrações de seu lar. Por meio dessa, desejamos a todos uma Santa Páscoa, uma vida nova, e parabenizamos a todas as equipes envolvidas na realização da Semana Santa deste ano, desde o pároco até os leigos que se doaram inteiramente para tal solenidade. 

Que a leveza dos panos da Ressurreição do Senhor possam dar ritmo e embalo ao nosso ser humano resgatado pela morte e ressurreição do Senhor, Amém

A fulgurante Vigília Pascal

Esta é a noite em que a coluna de fogo dissipou as trevas do pecado (Exultet)

Grandes solenidades na Igreja, são marcadas pela Vigílias, ou seja, as noites que antecedem tal dia. Assim, a Vigília Pascal é a maior de todas as Vigílias, a primeira entre elas, a mais importante. Logo, a noite do Sábado Santo é a noite mais importante e sublime de todo ano, pois marca a fulgurante Ressurreição do Senhor. 

A Paróquia/Santuário de Nossa Senhora de Nazaré celebrou a Vigília Pascal às 20h, sendo essa celebração transmitida pelos meios de comunicação e presidida pelo Pároco, Padre Márcio.  Tal celebração é dividida em quatro partes, quatro liturgias que levam até os fiéis a beleza dessa noite santa que o Senhor venceu o último dos inimigos; a morte. 

Liturgia da Luz

O início da celebração aconteceu na porta do Santuário onde, do riscar de pedras, foi acendido e abençoado o fogo novo que deu luz ao Círio Pascal, luz que representa o Cristo ressuscitado. À entrado do Círio na Igreja apresentou a Luz do Senhor e essa chama vitalícia iluminou o canto do Exultet, solene proclamação da Páscoa que remete as alegrias da vitória de Jesus. 

Liturgia da Palavra

A Palavra do Senhor foi proclamada na Vigília Pascal recordando os feitos de Deus para com a humanidade desde a criação do mundo até o relato do Evangelista Marcos sobre a Ressurreição de Jesus. 

Padre Márcio meditou sobre as noites que testemunharam grandes feitos de Deus na vida dos seus. A noite da Criação, a noite em que o mar se dividiu para que os israelitas fossem libertos da escravidão do Egito, a noite santa de Belém que viu Cristo nascer e trazer a salvação ao mundo, a noite da Eucaristia, onde Jesus reuniu-se e entregou-se para perpetuar-se no meio dos homens e a indizível noite da Páscoa, única testemunha da ressurreição de Cristo. 

Nesta liturgia, as aleluias foram rompidas e depois de muitos dias voltaram a ser entoadas, marcando o início do tempo da Páscoa; 

Liturgia Batismal

Renascidos na Páscoa de Cristo, todos os cristãos são convidados a renovar suas promessas batismais, renunciando o mal e professando Jesus como Senhor e redentor. As águas do Batismo foram abençoadas pelo Círio Pascal e aguardam jorrar sobre os novos cristãos a serem adentrados na Santa Igreja. 

Liturgia Eucarística

Por fim, a última das Liturgias da noite faz o encontro entre o homem, humilde pecador renascido com o Corpo de Cristo ressuscitado na grande Festa da Páscoa. 

Assim a Vigília Pascal levou à plenitude toda a Liturgia que aguarda e celebra a Páscoa do Senhor ressuscitado que acende na humanidade a chama da vida, da conversão e da esperança.

Que a Páscoa seja para todos nós um marco histórico do compromisso que assumimos em testemunhar Nosso Senhor Jesus Cristo em nossa vida. 

 

SOLENE LITURGIA DO CALVÁRIO.

 

"Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo" (Lc 23:34)

Às 20h30 iniciou-se a Solene Liturgia do Calvário, presidido pelo Padre Márcio César. Foi transmitida pelo Youtube e Facebook do Santuário e rádio local.

No inicio do sermão, o Padre Márcio lembrou a todos as mortes por COVID, em Nazareno, e pediu para que todos os devotos rezassem para a entrega das vítimas ao Senhor.

Durante a pregação, o padre focou em palavras como SILÊNCIO, PERDÃO E CONVERSÃO; sobre o silêncio ele disse “a vida sem palavra é melhor que uma palavra sem vida” e também “o silêncio é redenção”. O perdão para ele é fundamental, não há comunhão sem perdão e completou falando que o mundo precisa de homens e mulheres parecidos com Deus. Declamou que a conversão é transbordante e que ela começa no Evangelho, e que o Evangelho fala em amar e não em gostar, e terminou dizendo que quem é bom por fora e mau por dentro não é cristão de verdade. Finalizou o sermão indicou que “viemos para fazer o melhor”.

Com carinho, respeito e amor iniciou o descendimento da cruz, José de Arimatéia e Nicodemos.

. Retiram a placa INRI: O padre diz “a placa mostra o quanto julgamos nossos irmãos”.

. Retiram a coroa de espinhos: Disserta novamente “cravaram a cruz em seu crânio em sinal de zombaria”.

. Retiram os cravos das mãos: “A mão é a expressão do nosso coração e as mãos de Jesus de tantos milagres foram cravejadas na cruz”- Proferiu o celebrante.

. Retiram o prego dos pés: Discursou sobre isso “Nossos pés são os pés de Jesus e que devemos percorrem os mesmos passos do Senhor” e também lembrou a todos que o primeiro nome da Igreja Católica foi “Caminho”.

. Por final, descem o corpo de Jesus: “O corpo é a fonte de comunhão entre nós, e Jesus é o caminho entre o humano e o divino”- O padre finaliza a pregação.

E encerra dizendo a todos que esse é o Jesus que iremos encontrar no céu.

Registro fotográfico: