“É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado” disse o
Papa Francisco, durante a celebração da Eucaristia, na manhã dessa
quarta-feira, 24, na Basílica de Nossa Senhora, em Aparecida (SP). Essa é sua
primeira homilia e também primeira viagem apostólica internacional durante a
Jornada Mundial da Juventude. Papa Francisco começou dizendo que “quanta
alegria me dá de vir a casa da Mãe Aparecida”. Lembrou que no dia seguinte a
sua eleição, ele foi a Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, para confiar meu
pontificado. Hoje, disse o Papa, ele quis vir a Aparecida confiar a Jornada
Mundial da Juventude e a vida do povo latino-americano.
O Papa lembrou que foi justamente em Aparecida, seis anos
atrás, ele pode se dar conta, pessoalmente, de algo que considerou belíssimo:
os bispos trabalharam na V Conferência do episcopado latino-americano e
caribenho (CELAM) eram acompanhados pelos peregrinos que vinham ao Santuário
confiar suas vidas à Nossa Senhora Aparecida. Por isso, o Documento que foi
publicado depois daquele encontro “nasceu do trabalho dos pastores e da fé dos
romeiros sob a proteção de Maria”.
E fez uma breve mediatação chamando a atenção para posturas:
“conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver a alegria”. Em
primeiro lugar, disse o Papa, “nunca percamos a esperança!”. Recordou que o mal
esta presente na vida de todos, mas o mal não é o mais forte. “Deus é a nossa
esperança”, afirmou o Papa. “É verdade que tantas pessoas, e também os jovens,
estão diante de tantos ídolos”, continuou. Esses ídolos seriam o dinheiro,
poder e o prazer. Lembrou também que muitas pessoas, frequentemente, vivem a
solidão e tem uma sensação de vazio, mas é preciso que ninguém desanime:
“sejamos luzeiros da esperança”, conclamou o Papa. Pediu que todos tenham uma
visão positiva da realidade e recordou que os jovens são um motor potente para
a sociedade e para a Igreja: “eles são a coração espiritual de um povo”,
acentuou.
A segunda atitude, prosseguiu o Papa, é aquela de cada
pessoa se deixar surpreender por Deus. “Quem é homem e mulher de esperança,
sabe que, mesmo em meio a dificuldades, Deus está atento e nos surpreende”.
Papa Francisco lembrou que a própria história da imagem de Aparecida é uma bela
ilustração das surpresas de Deus. Ninguém poderia imaginar que de uma pesca no
Rio Paraíba, viria a mensagem de que o Brasil inteiro tem uma mãe. “Longe de
Deus, o vinho da alegria e da esperança, se esgota”. Perto dele, tudo isso se
torna possível, complementou o Papa.
A terceira e última atitude escolhida pelo Papa é “viver na
alegria”. Lembrou que todos devem caminhar na esperança, deixando se
surpreender por Deus e ser alegres. “O cristão é alegre, nunca está triste.
Deus nos acompanha. Temos uma mãe que sempre intercede pela vida de seus
filhos”, afirmou. E concluiu dizendo que Jesus mostra a face de um Pai que ama.
E, por isso, o cristão não pode ter o rosto de quem está em constante estado de
luto. Pediu que todos se deixassem contagiar pela alegria de Cristo e recordou
que o que Bento XVI disse no Santuário de Aparecida, em 2007, quando afirmou
que “o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não ha esperança, não há
futuro”. E concluiu: “viemos bater na casa de Maria. Ela nos abriu, fez nos
entrar e nos aponta seu filho e, agora, ela nos diz: ‘Fazei o que ele disser’.
O Papa responde a esse apelo dizendo que todos devem fazer o que Cristo disser
na esperança, cheios das surpresas de Deus e na alegria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário