O costume dos jubileus tem início no Antigo Testamento e
reencontra a sua continuação na história da Igreja.
"Enviou-Me a proclamar a libertação aos cativos e, aos
cegos, o recobrar da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um
ano de graça do Senhor " (Is 61, 1-2).
Esta passagem faz compreender que Jesus é o próprio
Messias anunciado pelo Profeta, e que n'Ele tinha início o tempo tão esperado:
tinha chegado o dia da salvação, a plenitude do tempo. Todos os jubileus se
referem a este tempo e dizem respeito à missão messiânica de Cristo, que veio
como consagrado com a unção do Espírito Santo, como enviado pelo Pai. Deste
modo, Ele realiza um ano de graça do Senhor, que anuncia não só com a palavra,
mas sobretudo com as suas obras. Jubileu, ou seja, um ano de graça do Senhor é
a característica da atividade de Jesus, e não apenas a definição cronológica de
uma certa ocorrência.
As palavras e as obras de Jesus constituem assim o
cumprimento de toda a tradição dos jubileus do Antigo Testamento. É sabido que
o jubileu era um tempo dedicado de modo particular a Deus. Tinha lugar de sete
em sete anos, segundo a Lei de Moisés: o sétimo era o ano sabático, durante o
qual se deixava repousar a terra e eram libertados os escravos.
E tudo isto devia ser feito em honra de Deus. Tudo quanto
dizia respeito ao ano sabático, valia também para o jubilar, que ocorria no
quinquagésimo ano (7 X 7 + 1 = Jubileu). No ano jubilar, porém, os usos do ano
sabático eram ampliados e celebrados ainda mais solenemente.
Embora as leis ano jubilar nunca tenham-se cumprido bem, a
Igreja Católica continua celebrando o jubileu periodicamente. Assim, cada
geração pode viver um ano de graça, no qual se oferecem retiros para motivar a
conversão e a reconciliação, e se enfatiza o encontro com Deus para fortalecer
nossa aliança com Ele (Lv 26, 44-45).
Nesses anos a Igreja oferece indulgências, que são graças
espirituais especiais para continuar em frente. O pecado é um tropeço em nosso caminho
para Deus que diminui nossas forças. As indulgências nos dão energia para um
novo começo.
Jesus apresenta a si mesmo como "a porta". Ele é a
passagem indispensável para entrar no seu redil e fazer parte do seu rebanho,
um único meio para conhecer o Pai e chegar a Ele. a porta santa é um símbolo
dos jubileus, tempo especial de conversão e graça de Deus para a Igreja.
O termo jubileu indica júbilo, alegria; não apenas júbilo
interior, mas alegria que se manifesta exteriormente, já que a vinda de Deus é
um acontecimento também exterior, visível, audível, palpável, como recorda S.
João (cf. 1 Jo 1, 1). É justo, por conseguinte, que toda a demonstração de
alegria por essa vinda tenha a sua manifestação exterior. Esta serve para
indicar que a Igreja rejubila pela salvação. Convida todos à alegria,
esforçando-se por criar as condições necessárias a fim de que a força salvadora
possa ser comunicada a cada um.
Nesse contexto, 2014 é marcado pela comemoração dos 150 anos
de existência do Jubileu perpétuo de Nossa Senhora de Nazaré, portanto é considerado
como um ano jubilar para a Paróquia/Santuário Nossa Senhora de Nazaré. Sendo assim, é necessário que cada paroquiano
se prepare espiritualmente para esta grande festividade que vai ao encontro com Deus. Busque no Senhor Jesus, a
porta para Salvação, a alegria, o amor e a fé para vivenciar os grandes
momentos de esperança vindouros.
Acompanhe mensalmente a trajetória dessa linda história de
devoção mariana e amor ao Pai, Jubileu de Nossa Senhora de Nazaré: 150 anos de
expressão de fé e graças derramadas.
Texto adaptado:
Carta Apostólica Tertio Millennio Advenniente para o Jubileu do ano 2000
Fotos: Arquivo Pascom
Organização: Waldecy Junior e Doraci Couto
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