No mundo nem
sempre criança foi considerada criança.
Até os séculos XVII e XVIII a criança era apenas um adulto em escala
reduzida. Ela era vista como substituível,
como ser produtivo que tinha uma função utilitária para a sociedade, pois a
partir dos sete anos de idade era inserida na vida adulta e se tornava útil na
economia familiar. Realizando tarefas, imitando seus pais e suas mães, os
acompanhava em seus ofícios, cumprindo, assim, seu papel perante a
coletividade. A duração da infância era reduzida no período mais frágil,
enquanto “filhote de homem” não podia cuidar de si sozinha. (ROCHA, 2002).
A sociedade tradicional medieval
via mal a criança e pior ainda o adolescente. Nesta época não havia espaço para
a família, mas na verdade o que não existiam eram os sentimentos e valores. A
família não tinha função afetiva, sua missão principal era: a conservação dos
bens; a prática comum de um ofício; a ajuda mútua, entre homem e mulher, pois
sozinhos não podiam sobreviver; ainda nos casos de crise, a proteção da honra e
da vida.
Portanto, a passagem da criança pela família e pela sociedade era muito breve e muito insignificante, sendo que ela mal tinha condições de forçar a memória e tocar a sensibilidade de um adulto. Tão logo a criança apresentasse algum embaraço físico, era misturada em meio aos adultos e partilhava de seus trabalhos e jogos. De “criancinha pequena” ela se transformava imediatamente em “homem jovem”, sem passar pelas etapas da juventude.
Foi por volta
do século XVII que a sociedade começou a ver a criança de uma maneira
diferente, e aos poucos as pessoas foram
percebendo que a criança não poderia ser tratada de maneira igual a um adulto.
Foi neste século que a infância mereceu maior atenção, levando a uma descoberta
gradativa de sua estrutura física, de sua linguagem e de suas peculiaridades.
As crianças passaram a ter os
seus próprios trajes, diferentes dos usados pelos adultos, o seu próprio
quarto, comidas consideradas mais adequadas a elas. Nascia então uma ideia de
inocência na infância. De um ser ignorado, ela passa a ser valorizada a partir
de sua perda para, finalmente, ser reconhecida a sua importância enquanto viva
por si mesma. Surge ainda nessa época uma preocupação com a formação moral das
crianças e com sua transformação em homem racional.
No Brasil o
dia escolhido para homenagear as crianças foi inventado pelo deputado federal Galdino do Valle Filho, que teve a
ideia na década de1920.
“Ser criança
é ser Feliz!”
Imagens: Internet
Fonte : PORTAL DA EDUCAÇÃO -
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