A celebração se iniciou por volta das 09h e marcou a substituição do antigo madeiro pelo novo Cruzeiro, perpetuando a presença e o sinal sagrado dos cristãos. O grande número de devotos presentes marcou a contrição dos corações que se alimentam da Palavra e Eucaristia, força na jornada cristã, que o caminho do calvário e cruz, o único para a Salvação.
Em sua homilia, Padre Rondineli lembrou o significado de cada objeto, instrumentos que restaram d a Paixão de Nosso Senhor. O pano que guardou o corpo do Cristo e foi oportuno para descê-lo da cruz. As escadas, por onde subiram José de Arimatéia e Nicodemos para retirar o corpo de Jesus. A coroa de espinhos, os cravos que prendiam as mãos e os pés do Mestre, o martelo e a turquês usados para fixar o corpo na cruz.
Cada um desses símbolos demonstram o tamanho do amor de Deus para com seus filhos manifestado na pessoa de Jesus. Na cruz ele se entregou por amor a nós. Para muitos o madeiro era sinal de condenação, merecido ao pior de todos os condenados, mas Jesus Cristo com sua morte de cruz dá um novo sentido a ela. A cruz deixa de ser um madeiro infame, sem sentido, vazio e passa a ser o trono da glória. Trono de onde Jesus reina e garante perdão, amor e misericórdia a cada um de nós.
A cruz de Cristo é ensinamento para todos. Primeiramente ensinamento de obediência, pois Jesus se fez obediente ao Pai até o fim. As palavras de Jesus no alto da cruz não são de ódio, pelo contrário: as palavras que brotam dos lábios moribundos do Cristo são de perdão para com seus algozes e toda humanidade.
Assim, ao final da celebração, aconteceu a bênção das águas levadas pelos fiéis, sinal da graça de Deus e da purificação na vida de cada um.
Após este momento, Padre Rondineli abençoou o novo Cruzeiro, santificando o sinal sagrado dos cristãos e pedindo proteção a todos os fiéis que por ali passarem e se benzerem com o sinal da cruz.
Aconteceu também a bênção do sal, lembrando o mandamento de Jesus que nos evoca a ser o sal da terra e a luz do mundo, anunciando o Evangelho a toda criatura. Sal que foi levado por cada um para ser utilizado contra os males que podem atingir as propriedades, plantações e criações dos fiéis.
Na oportunidade os fiéis jogaram água no Cruzeiro para pedir a Deus a fartura de chuvas, sinal da vida e da graça celeste tão essencial ao homem.
Ao término da Santa Missa, foi oferecido um saboroso lanche aos presentes, finalizando o momento abençoado de fé, união e confraternização entre os irmãos em Cristo.
– “Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de
mim”. (Mt 10, 38)
–“Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome
sua cruz e siga-me”. (Mt 16, 24)
–“E quem não carrega a sua cruz e me segue, não pode ser meu
discípulo”. (Lc 14, 27)
Matéria - Waldecy Junior
Fotos - Guilherme Carvalho e Waldecy Junior
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