“Este meu filho estava morto e reviveu, tinha se
perdido e foi achado”(Lc 15,24)
“Sede misericordiosos, como também vosso Pai é
misericordioso”(Lu 6,36)
Em espírito de recolhimento, oração e transformação do
coração a Igreja vai adentrando no Tempo Quaresmal, que traz em si
possibilidades impares de um encontro pessoal com o Amor de Deus.
No anoitecer de sábado a Comunidade Paroquial, após se
nutrir do Pão da Palavra e da Eucaristia e ouvir de seu Pastor o convite a fazer
da Quaresma um tempo de passagem da escravidão do pecado para a verdadeira
vida, empreendeu uma longa caminhada de reflexão e experiência da Misericórdia
de Deus.
O itinerário teve inicio na porta da Igreja do Rosário
com hinos e súplicas. Para favorecer a oração pessoal, os jovens encenaram a
busca constante de Deus, na Pessoa de Jesus, por seus filhos tão amados. E a luta que estes travam constantemente contra as
forças das paixões que os lançam no pecado.
Na primeira parada durante percurso orante, um encontro
comovente! Diante da multidão a Imagem do Crucificado, não como um grande
espetáculo da história. Mas como a prova de um Amor que cura, resgata e salva
cada filho em sua essência. Impossível descrever o que se passa no coração do
crente quando seus olhos se voltam para seu Deus no alto da Cruz.
Mais adiante um novo encontro. Um pai que abraça e
restitui a dignidade ao filho extraviado. A multidão atenta ouve a Parábola do
filho Pródigo. Nesse momento, uma integrante da Pastoral Familiar convida a comunidade meditar essa parábola com o coração do Pai Misericordioso.E concluiu: uma vez assumidos e resgatados pela Cruz de Cristo, não resta outra coisa ao cristão, ele tem o dever de também perdoar e espalhar onde vive a misericórdia.
Finalmente a caminhada chega ao seu destino: o Campo
do Vasquinho. Mas nada de luzes e descanso. Ainda era necessário um percurso
errante, cheio de idas e vindas quase sem direção certa.
Por esse caminhar tortuoso Padre Rondineli ia
refletindo sobre cada uma das Obras de Misericórdia, Corporais e Espirituais.A cada meditação uma chama era acessa pelos jovens
como um convite a acendê-la também no coração.
O campo foi ganhando pequenos pontos
luminosos até que grandes holofotes foram acessos e todos puderam contemplar de
novo o Cristo com seus braços abertos, mas agora Glorioso, vencedor do pecado e
da morte por ter amado os seus até o fim.
Que a benção final dessa caminhada seja para
cada um o passaporte para uma Vida nova de mais amor pelo próximo. Um amor
verdadeiro e curador de feridas.
Matéria e Fotos : Carmen Nogueira