Santa Missa na Comunidade da Cachoeirinha é marcada pela contemplação da beleza da natureza e do clima harmônico da assembleia.
Ao despertar do dia 15 de Julho, sábado, membros da Pastoral Ecológica e paroquianos da Paróquia do Santuário de Nossa Senhora de Nazaré se juntavam para uma celebração que marcaria um trabalho de contemplar e cultivar a criação. O dia fio reservava um grande momento nas margens do Rio Grande, ou melhor, na comunidade da Cachoeirinha que leva o nome do saudoso Padre José Casimiro.
Ás 9h deu-se início a celebração da Santa Missa no centro da comunidade rural da cidade de Nazareno que foi presidida pelo pároco Padre Rondineli e contou com a participação dos moradores da Cachoeirinha e dos membros da Pastoral Ecológica.
A Pastoral Ecológica surgiu na paróquia visando a necessidade da conscientização da população para com o cuidado do meio ambiente, uma vez que a cidade de Nazareno passará a receber uma grande exploração dos solos em busca de minérios e tiras de ouro. Tal pastoral age tanto espiritual como socialmente para alcançar através de pequenos gestos a conversão ecológica dos nazarenenses para que assim, o homem se volte para valorizar os bens naturais cedidos por Deus.
O padroeiro da Pastoral é São Francisco de Assis que traz em seu testemunho de vida o zelo pela natureza. Sua imagem foi abençoada e venerada pelos presentes na Santa Missa. Em sua iconografia, São Francisco traz os animais e mostra sua auspiciosa convivência com eles.
A celebração da Santa Missa foi toda voltada para a contemplação das belezas que rodeiam a criação de Deus. O barulho das águas do mar, o perfume das pantas e o brilho do sol permaneciam constantes e chamativos. A narração da criação do mundo, a homilia proferida pelo presidente da celebração e os cânticos contracenavam com todo ambiente.
No final da celebração, os presentes saíram em caminhada rumo a capelinha construída para homenagear a Virgem Maria no ano de 2003 onde a nova imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi colocada após sua bênção durante a Santa Missa.
Uma trilha levou todos até as margens do Rio Grande e nas pedras todos puderam se assentar e ao som de belas canções e foram embalados pelos puros ares da comunidade.
Durante a trilha, foram recolhidos os lixos que ficavam jogados pelos visitantes no meio do caminho, marcando por esse ato o cunho social do trabalho da pastoral ecológica.
Cântico das Criaturas por São Francisco de Assis
Altíssimo, onipotente, bom Senhor,
Teus são o louvor, a glória, a honra
E toda a benção.
Só a ti, Altíssimo, são devidos;
E homem algum é digno
De te mencionar.
Louvado sejas, meu Senhor,
Com todas as tuas criaturas,
Especialmente o Senhor Irmão Sol,
Que clareia o dia
E com sua luz nos alumia.
E ele é belo e radiante
Com grande esplendor:
De ti, Altíssimo é a imagem.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Lua e as Estrelas,
Que no céu formaste claras
E preciosas e belas.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão Vento,
Pelo ar, ou nublado
Ou sereno, e todo o tempo
Pela qual às tuas criaturas dás sustento.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Água,
Que é mui útil e humilde
E preciosa e casta.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão Fogo
Pelo qual iluminas a noite
E ele é belo e jucundo
E vigoroso e forte.
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a mãe Terra
Que nos sustenta e governa,
E produz frutos diversos
E coloridas flores e ervas.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pelos que perdoam por teu amor,
E suportam enfermidades e tribulações.
Bem aventurados os que sustentam a paz,
Que por ti, Altíssimo, serão coroados.
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a Morte corporal,
Da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrerem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar
Conformes á tua santíssima vontade,
Porque a morte segunda não lhes fará mal!
Louvai e bendizei a meu Senhor,
E dai-lhe graças,
E servi-o com grande humildade
Matéria e fotos: Rodrigo Augusto
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