Foi o tempo que dedicastes à tua rosa que fez dela tão importante
É uma responsabilidade tamanha representar uma Paróquia inteira com suas associações, irmandades, conselhos, pastorais, movimentos, leigos e leigas, ah, e claro, um povo de Deus todo que ultrapassa os limites territoriais em um ato tão complicado, transcrever em palavras algo que é comum de todos: a gratidão.
Uma gratidão que não é por qualquer jeito, sem razão, ou por coisa outra qualquer, uma gratidão que, de tão extensa, torna-se indescritível. É gratidão pela graça, pelo elo que jamais se romperão. Agradecer por anos que foram além do cronos, daquela essência meramente numérica, foram mais de 7 anos que crescemos, plantamos e colhemos de um serviço tão lindo, tão rico, tão amável que nós queríamos que fosse eterno, afinal de contas, essa data de hoje, pode até ter sido preparada e cuidada, pois de tão bom pastor que tivemos, fomos orientados e conduzidos para um dia que chegaria, mas jamais, jamais foi querida. Mas então, já que aqui estamos, é hora de juntar as palavras para agradecer, é hora, querido Padre Rondineli de chegar onde só chegam os pensamentos, para encontrar uma palavra que não existe, pra te dizer, nesse meu verso quase triste, como é grande nosso amor.
Uma vez ouvi que a missão do jardineiro é fazer com que a rosa jamais o esqueça e graças a Deus tivemos um grande jardineiro. O jardim da Paróquia de Nossa Senhora de Nazaré ganhou um grande mestre, que com sua jardinagem, pisou nosso chão, olhou em nossos olhos, tocou-nos com os abraços e invadiu nosso coração. Entrou em nossas casas, defendeu nossos bens, nos ensinou, nos formou, nos possibilitou inúmeras coisas, dividiu conosco várias experiências, riu de nossas histórias, chorou as nossas dores, cuidou de nossos espinhos, reavivou nosso ânimo, cantou as nossas músicas e, claro, amou a Nossa Virgem de Nazaré.
Gratos seremos sempre pelo seu grande cuidado, materializado nas obras, como não falarmos da Igreja do Rosário, que linda, que encanto, que beleza, nem em nossos sonhos imaginávamos adentar a um templo como aquele, até o sorriso da imagem de Nossa Senhora do Rosário ficou mais estridente, mais vivo e esse povo mais encantado. Um centro de pastoral construído de pedaços para acolher e pastorear mais as ovelhas e para levar todo o povo até a reconciliação. O Santuário sempre em manutenção, sempre nos surpreendendo, sempre pintando nossos olhos com a tinta da maravilha. Sim, o zelo pela casa do Pai, consome nosso coração. Nossas Igrejas e capelas rurais abertas, visitadas, reformadas, embelezadas. Nossos objetos sacros restaurados e conservados. Nossas imagens. Ah, e Nossa Senhora de Nazaré, essa imagem da mãe de Deus que hoje conhecemos sua face primitiva e podemos nos reconhecer em seu olhar, sim, o senhor amou a Nossa Virgem de Nazaré e como canta nosso hino, sempre ao encontrardes em penoso trabalhar, viveu sob o materno olhar.
Crescemos como pastoral; movimentos criados, leigos acolhidos, gente formada, gente que se sentiu útil, gente servil que serviu de verdade e junto conosco o senhor arregaçou as mangas para que nossas pastorais ganhassem valor, ganhassem espaço, ganhassem vida e ganhassem até uma feira para apresentarmos através de nossas obras o nosso Santuário.
Nossa terra ofertada a Nossa Senhora, fruto de uma graça, mantida como nossa. Nós agradecemos muito pelo nosso patrimônio defendido com honestidade, clareza, objetividade através de lutas incansáveis para que esse abençoado torrão permanecesse aos cuidados até mesmo legislativos da Virgem de Nazaré.
Quantas presenças amigas, Dona Cici, Laninha que sempre com sorrisos nos abraçavam com a bênção familiar. Monsenhor Juvenal, grande companheiro, grande amigo, grande consolador, afinal, como um grande pai, no sábado após a triste notícia da transferência ouvimos palavras de tanto amparo, que nos fez perceber quão sortudos e abençoados nós fomos nesse tempo todo.
Aqui amigos foram feitos e por intemperes do destino, alguns amigos também partiram. O senhor fez tantos cristãos nascerem pelo Batismo, crianças encontrarem o Cristo pela primeira vez e adultos também, porque muitos foram resgatados, jovens foram conhecidos e crismados pelos bispos graças a sua apresentação, vocações foram encorajadas, casais foram abençoados, enfermos e idosos foram abraçados, esses se arrumavam, levantavam das camas, falavam, contavam casos, porque eram ouvidos pela sua paciência e disponibilidade, quantos doentes fortalecidos pela novena de São Peregrino.
Nós prometemos que nossa maior gratidão será a continuidade, dos sonhos aqui plantados, dos sacramentos aqui oferecidos, das belezas aqui trazidas. Quando seu rosto estampar as paredes da nossa sacristia olharemos felizes pelas lembranças maravilhosas e por essas também choraremos, mas também nos encorajaremos a lutar por tudo que o senhor lutou conosco e nos ensinou a amar.
Leve sempre consigo, padre, o zelo da Confraria, a Oração do Apostolado, a presença do MECE, o anúncio do Ministério da Palavra, o ardor dos acólitos, o encanto do Ministério de Música, a verdade da Pascom, a força do Terço das Mulheres, a destreza do Terço dos Homens, o compromisso da Catequese, a vitalidade do Grupo Jucc, o auxílio da Pastoral do Dízimo, a graça da Pastoral do Batismo, a visita do Cenáculo com a Rosa Mística, a união do ECC, o amor da Pastoral Familiar, o caminhar do Curso de Noivos, a beleza da Pastoral Ecológica, o abraço da Pastoral da Acolhida, a perseverança das Crianças, a energia da RCC, a caridade dos Vicentinos, a acolhida das comunidades rurais a irmandade dessa Paróquia.
Eh Padre! Quem nos dera se isso fosse uma fake News, fosse um trote, fosse só um sonho e que terça, domingo, de janeiro a janeiro te teríamos de novo por aqui. Mas Deus foi tão generoso conosco que depois de tantas festas, tantos Jubileus, tantas Páscoas, Festas de padroeiro, pudéssemos encerrar esse ciclo com a Festa do Coração de Jesus, para nos lembrar que Cristo, em seu amor abrasador, manterá o senhor em nosso meio e nós com o senhor, pois se em Margate, na Terra Santa, em Cássia, nos Santuários marianos sempre se lembrou de nós, isso nos faz acreditar que em Prados, ou qualquer lugar desse bispado, desta terra de Santa Cruz, teremos um lugar em sua vida, em suas memórias, em seu coração.
Nos perdoe, pelas vezes que, como ovelhas desgarradas demos um certo trabalho a nosso pastor, porque, nós sabemos, não somos um rebanho fácil, mas no final sempre voltamos, sempre viemos, pois reconhecemos a voz e a sabedoria do nosso pastor.
Nesses mais de sete anos, vivemos um infinito e sabemos que alguns infinitos são maiores que os outros e desejamos, do fundo do coração que o senhor volte sempre e jamais deixe de voltar, pois estaremos cada um em sua residência preparando cafés, almoços, jantas, casos esperando a sua visita para que esse nosso infinito grande mais conjuntos, mais intervalos e mais momentos. E é claro, se vierdes às quatro, às três, já estaremos felizes.
Perdoe nossas palavras repetidas e aquelas que não foram ditas. Muito Obrigado por tudo nesse tempo todo, obrigado pelo obrigado que habita o coração de cada pessoa que veio à esse Santuário hoje e daqueles que não vieram. Nós sentiremos saudade, já estamos sentido. Nunca se esqueça de nós, pois jamais esqueceremos o senhor.
Sua história continuará aqui através de seus amigos, de suas obras, de seus sorrisos de suas palavras, de seu afilhado. Jamais cortaremos pela raiz aquilo que já deu flor.
Quando as palavras acabarem e o tempo desfigurar esse pedaço de papel a gratidão ainda se perpetuará. Bem aventurados os que choram, pois serão consolados.
Deixaremos pro tempo a difícil missão de matar a saudade.
O jardim da Paróquia do Santuário de Nossa Senhora de Nazaré se levanta para agradecer, ao seu jardineiro.
Muito obrigado, Padre Rondineli.
Texto: Rodrigo Augusto
Fotos: Helder Costa
Minha gratidão! As flores do seu jardim foram cultivadas com muito amor. Muito obrigada!
ResponderExcluirMuito obrigado de coração.
ResponderExcluir