Pensando que a comunidade a cada momento de sua vida busca a
eucaristia como um Sacramento semanalmente celebrado e que sustenta a caminhada
cotidiana ou sente a necessidade de celebrá-la em ocasiões especiais por si ou
por aqueles que amam.
Propõe-se para um aprofundamento sobre o que realmente é este tão salutar Sacramento, para isso segue alguns parágrafos do primeiro capítulo da Carta Encíclica de João Paulo II: Igreja de Eucaristia.
Propõe-se para um aprofundamento sobre o que realmente é este tão salutar Sacramento, para isso segue alguns parágrafos do primeiro capítulo da Carta Encíclica de João Paulo II: Igreja de Eucaristia.

Quando a Igreja celebra a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição do
seu Senhor, este acontecimento central de salvação torna-se realmente presente
e « realiza-se também a obra da nossa redenção ». Este sacrifício é tão
decisivo para a salvação do género humano que Jesus Cristo realizou-o e só
voltou ao Pai depois de nos ter deixado o meio para dele participarmos como se
tivéssemos estado presentes. Assim cada fiel pode tomar parte nela,
alimentando-se dos seus frutos inexauríveis. Esta é a fé que as gerações
cristãs viveram ao longo dos séculos, e que o magistério da Igreja tem
continuamente reafirmado com jubilosa gratidão por dom tão inestimável.
É
esta verdade que desejo recordar mais uma vez, colocando-me convosco, meus
queridos irmãos e irmãs, em adoração diante deste Mistério: mistério grande,
mistério de misericórdia. Que mais poderia Jesus ter feito por nós? Verdadeiramente,
na Eucaristia demonstra-nos um amor levado até ao « extremo » (cf. Jo 13, 1),
um amor sem medida. Este aspecto de caridade universal do sacramento
eucarístico está fundado nas próprias palavras do Salvador. Ao instituí-lo, não
Se limitou a dizer « isto é o meu corpo », « isto é o meu sangue », mas
acrescenta: « entregue por vós (...) derramado por vós » (Lc 22, 19-20). Não se
limitou a afirmar que o que lhes dava a comer e a beber era o seu corpo e o seu
sangue, mas exprimiu também o seu valor sacrificial, tornando sacramentalmente
presente o seu sacrifício, que algumas horas depois realizaria na cruz pela
salvação de todos. « A Missa é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, o memorial
sacrificial em que se perpetua o sacrifício da cruz e o banquete sagrado da
comunhão do corpo e sangue do Senhor ».


Em virtude da sua íntima relação com o sacrifício do
Gólgota, a Eucaristia é sacrifício em sentido próprio, e não apenas em sentido
genérico como se se tratasse simplesmente da oferta de Cristo aos fiéis para
seu alimento espiritual. Com efeito, o dom do seu amor e da sua obediência até
ao extremo de dar a vida (cf. Jo 10,17-18) é em primeiro lugar um dom a seu
Pai. Certamente, é um dom em nosso favor, antes em favor de toda a humanidade
(cf. Mt 26, 28; Mc 14, 24; Lc 22, 20; Jo 10, 15), mas primariamente um dom ao
Pai: « Sacrifício que o Pai aceitou, retribuindo esta doação total de seu
Filho, que Se fez “obediente até à morte” (Flp 2, 8), com a sua doação paterna,
ou seja, com o dom da nova vida imortal na ressurreição ».
Ao entregar à Igreja
o seu sacrifício, Cristo quis também assumir o sacrifício espiritual da Igreja,
chamada por sua vez a oferecer-se a si própria juntamente com o sacrifício de
Cristo. Assim no-lo ensina o Concílio Vaticano II: « Pela participação no
sacrifício eucarístico de Cristo, fonte e centro de toda a vida cristã, [os
fiéis] oferecem a Deus a vítima divina e a si mesmos juntamente com ela .”
Carta Encíclica de João Paulo II: "Igreja de Eucaristia"
Matéria - Carmen Nogueira
Fotos - Arquivo Pascom e internet
Fotos - Arquivo Pascom e internet
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