Hoje o paramento roxo deu lugar ao branco mesmo neste tempo
de tristeza. Em meio a triste dor de Maria, a alegria se faz presença pela
Festa da Anunciação do Senhor. Inaugura o acontecimento em que o Filho de Deus se
faz carne para consumar seu sacrifício e habitar entre nós para cumprir o plano
de Deus.
Maria, invocada como corredentora da humanidade, mulher
humilde e pura, não se esquivou o designo de Deus de ser a escolhida para ser
a Mãe do Salvador, Aquela que dá carne para o verbo de Deus, que faz o eterno
se tornar perpétuo no meio de nós.
Obra tão bonita este Sim, oportunidade para nós sermos
colaboradores do projeto de Deus e capazes de aceitar generoso, eterno e
confiante todos os momentos tanto de alegria quanto de provações.
Já na meditação da quinta dor encontramos consolo e força
para nossas almas contra mil tentações e dificuldades e aprendemos a ser fortes
em todos os combates de nossa vida.
Contemplando Maria aos pés da Cruz, assistindo a morte de
Jesus com a alma e o coração transpassados com as mais cruéis dores, os fiéis
devotos se uniram em oração para celebrar o Mistério da Paixão de Cristo.
O caminho da dor continua e levados por esse sentimento,
Padre Rondineli introduziu a pregação com parte da Constituição do Conselho
Vaticano Segundo: “Também a Bem - aventurada Virgem Maria progrediu no caminho da
fé e conservou fielmente sua união com o Filho até a cruz, manteve- se de pé e sofreu
profundamente com seu filho unigênito e com ânimo materno associou-se ao seu sacrifício
consentindo a imolação da vitima por ela mesma gerada”.
Maria que não deixa seu filho Jesus caminhar sozinho é a mãe
que se faz presente na trajetória de dor. Ele que viera fazer o reino de Deus
para a humanidade. Como não socorrer desse triste momento? Nós nos compadecemos
com Abraão exemplo de testemunho fiel, temente a Deus.
Deus poupou Abraão preservando-lhe o filho, mas o primogênito
de Maria não foi poupado , foi oferecido até a consumação no sacrifício da
Cruz. Maria é a testemunha autentica, Ela
que nos ensina a lidar com as experiências da morte, das perdas .
Nossa Senhora é exemplo de que devemos compreender que a
nossa vida é para ser ofertada não somente vivida. Não há prova de amor maior
do que dar a vida por quem amamos.
Existe tempos em nossa vida em que Deus parece não mais
escutar nossas preces . Ele se desmente nas promessas de vida plena, nas derrotas.
Podemos ver nas mães de hoje o exemplo de Maria em suas provações vividas, aos sofrimentos do cotidiano
envolvendo seus filhos no mundo das drogas, da violência e fazendo -se lembrar
:”Meu Pai, eu não te compreendo mas mesmo assim confio em Ti.”
Finalizou sua pregação convidando os fiéis a aceitar as
provações e dizer a Deus um SIM verdadeiro, de coração aberto.
Glória para nossas almas se um dia, por amarmos a Deus com
todo o nosso coração, formos também perseguidos!
Aprendamos a meditar muitas vezes esta dor, que ela nos dará
força para sermos humildes: virtude amada de Deus e dos homens de boa vontade.
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