Foi em uma sexta-feira que Pilatos condenou Cristo a morte
de cruz, nessa mesma sexta-feira os soldados brutamente flagelaram o Cristo e
às 15 horas desse mesmo dia Jesus olhou para o alto e disse ao Pai que estava
tudo consumado e o véu do templo foi rasgado pelo mistério da Cruz.
Em 03 de abril de 2015 às três horas da tarde de mais uma
sexta-feira santa, fiéis se reuniram no Santuário Nossa Senhora de Nazaré para
participarem da Solene Ação Litúrgica da Paixão de Cristo.
A celebração teve como presidente o Revmo. Padre
Rondineli Cristino e as reverendíssimas participações dos Padres Pedro Paulo e
Nelber Rodrigues. Os paramentos vermelhos lembravam o sangue derramado por
Cristo, a igreja estava escura, os altares desnudados, sem nenhuma
ornamentação; pairava o luto.
Os sacerdotes prostraram-se totalmente no chão reverenciando
o altar, as leituras apresentavam o servo de Deus, o sacerdote perfeito
esmagado, pisoteado e cuspido que tomou sobre si as dores dos homens.
O Evangelho proclamado solenemente trazia os relatos da
Paixão, desde a prisão no Horto das Oliveiras até o sepulcro. A homilia da
celebração foi proferida pelo Revmo. Padre Pedro Paulo que com
palavras simples falou da fidelidade que Cristo pede à sua Igreja, dizia ele
que assim como Jesus foi condenado à morte, quilombolas, índios e negros também
são, pessoas simples são taxadas pelas práticas de fé e a igreja não pode
assistir a tudo isso sem expressar a caridade que Jesus pregou.
A missão de todos é perpetuar a fé no Senhor não rejeitando
nossas cruzes e indo ao encontro do próximo que tanto carece da humanidade dos
cristãos. Mais uma vez a igreja se prostrava, dessa vez diante da Cruz de
Cristo que adentrou ao santuário velada e depois foi apresentada ao povo que em
companhia dos sacerdotes, ministros da comunhão eucarística, da palavra e do
acolitato veneravam a Santa Cruz, beijaram-na e lembravam aquele momento que
todos foram redimidos de suas falhas pelo morte do Senhor no madeiro romano.
"Beijo a tua cruz que
condena e esmaga o pecado em mim"
Cristo Jesus, o
belíssimo esposo, se fez Eucaristia para sustentar os seus seguidores, o corpo
do Salvador partido pela humanidade foi compartilhado pela assembleia no
momento da comunhão.
O término da ação litúrgica foi marcado pela oração dos
sacerdotes sobre o povo que saiu do santuário com a missão de nunca se esquecer
que o amor de Deus pelo mundo foi tão grande que entregou seu Filho para salvar
os homens. O preço da humanidade já foi pago. Assim seja!
Matéria - Rodrigo Augusto
Fotos - Thailyne Eduarda
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