sexta-feira, 25 de março de 2016

Celebração da Santa Ceia do Senhor e do Lava-pés

“Jesus derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido” (João 13,5)

A Semana Santa nos mostra que o mandamento do amor se perpetua, ainda que as adversidades humanas tencionem a extingui-lo. Na celebração da Ceia do Senhor e do Lava-pés, a Igreja é agraciada a reviver um momento de pura doação, humildade e serviço ao próximo, realizado por Jesus antes de seu Santo Sacrifício, ocorrido há mais de vinte séculos.
A Eucaristia não começa na mesa, mas sim no chão, onde Jesus lava os pés de seus discípulos. É o sacramento da humilhação e da humildade, é um Deus que se humilha, de tal forma, que já não basta ser humano, Ele se humilha em forma de trigo e reveste-se para tornar-se o Pão que nos alimenta.
A solene celebração da quinta-feira santa iniciou-se às 19h30min no Santuário Nossa Senhora de Nazaré, com a presença de inúmeros paroquianos e visitantes, da orquestra de Nazaré e dos Reverendíssimos Padres Rondineli e Pedro Paulo. Na ocasião, o casal Diomedes e Marise apresentaram o Santos Óleos consagrados na Missa do Crisma , pelo Bispo Diocesano Dom Célio de Oliveira Goulart.

Os cânticos em latim, juntamente com muitas orações, fizeram da cerimônia ainda mais intensa e gloriosa. Cada palavra proferida e cada momento experenciado foram repletos de muita fé, emoção e entrega.

No rito do Lava-pés, muitos jovens e adultos representaram os discípulos de Jesus, sendo que todos puderam se sentir parte daquela tão sublime atitude de Jesus e puderam participar do mistério da Eucaristia e da sua instituição.


  Por fim, a celebração foi marcada pela cerimônia de desnudação dos altares, como recordação do luto e dor da morte de nosso Senhor Jesus Cristo. Além disso, o Santíssimo Sacramento foi levado ao Salão Padre Francisco de Andrade, onde foi adorado e glorificado ao decorrer de toda a madrugada da sexta-feira santa.


Celebrar a Eucaristia é morrer para si mesmo, humilhar-se a si mesmo para cuidar uns dos outros, para lavar os pés dos irmãos, para ser “escravos” uns dos outros, não da escravidão humana nem da submissão à paixão ou a qualquer forma violenta dos sentimentos humanos, mas sim a escravidão do serviço, do cuidado, do perder a razão para submeter-se ao amor divino. 
A Páscoa do Senhor começa na mesa, com a refeição, que é o símbolo da refeição eterna, o banquete celeste que todos nós somos convidados a participar eternamente no Céu. Por isso, o convite de Jesus é que nossos corações e todo o nosso ser estejam inteiramente voltados para a sua santa salvação e seu amor.
Assim sendo, é preciso abaixar, descer até o chão e ir ao encontro dos que mais sofrem, para neles contemplemos o Cristo crucificado na pessoa de nossos irmãos e irmãs. Assim seja, amém!

Matéria: Daniely Santos
Fotos: Cássia Pereira









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