"Ele tomou sobre si as nossas dores" (Is 53,4)
O cordeiro oferecido por Deus para remir os pecados do mundo teve de beber o cálice do martírio para poder elevar a humanidade à dignidade da salvação. Jesus, foi preso e julgado de forma toda irregular e cruel pelo senado e pelo povo romano. O pretório de Pilatos condenou à morte aquele que andou pelo mundo pregando a vida plena.
O caminho que Jesus iniciou com a cruz às costas após a bárbara condenação foi recordado nas celebrações da noite da segunda-feira santa na Paróquia de Nazareno. No Santuário, às 18h30min, aconteceu a Santa Missa presidida pelo pároco Padre Rondineli que meditou a liturgia que trazia o Evangelho em que Judas se preocupa com seus afazeres que envolvia a traição ao Filho do Homem.
Em solene cortejo, a veneranda imagem de Nosso Senhor Bom Jesus dos Passos saiu do Santuário e seguiu rumo à Igreja do Rosário. Essa procissão carrega um detalhe minucioso e significativo; ela não tem a sua frente a cruz processional, pois quem carrega a mesma é o Cristo Jesus que em seus ombros leva a causa de humilhação pelos judeus, de loucura pelos gregos e de salvação pelos que creem.
As orações e a marcha fúnebre marcaram a procissão que tinha uma multidão de pessoas que acompanham o Cristo seguindo os passos daquele que nutre as forças para que todos possam dia após dia passar pelas inumeráveis cruzes a que são acometidos.
A imagem do Bom Jesus dos Passos foi acolhida no interior da Igreja do Rosário onde o Diácono Ademir Joel proferiu o Sermão do Pretório.
Diácono narrou com precisão de detalhes toda a história desde o motim organizado até a concretização da condenação à execução do Bom Jesus, destacando as posturas dos personagens que compunham o tribunal e a acusação. Ele ainda atentou a todos que os soldados romanos podiam não conseguir enxergar na pessoa de Jesus o salvador, o redentor, o enviado por Deus que todos esperaram através das profecias, mas hoje, todos sabem que o Cristo é o Senhor, por isso que jamais se deixe maltratar o Senhor presente na Eucaristia como o corpo santo de Jesus foi maltratado. Que a jaculatória "O Senhor esteja convosco, Ele está no meio de nós" não seja repetida sem ser compreendida. Jesus caminha no meio do povo, assim como a imagem hoje transitou entre os homens na procissão.
Jesus continua no meio do povo na pessoa do esquecido e continua sendo condenado naqueles que são maltratados pela violência que ainda está impregnada na sociedade.
O dia ainda foi marcado pela misericórdia derramada pelo sacramento da reconciliação oferecida ao povo de forma individual às 9h da manhã e às 14h comunitariamente contando com a participação dos estudantes da Escola Estadual Professor Basílio de Magalhães.
Não esqueço o que fez por mim
Entregando Sua vida em meu lugar
Nunca ninguém, Senhor
Me Amou de modo assim
Eu descobri ao Seu lado é meu lugar
Matéria: Rodrigo Augusto
Fotos: Cássia Pereira, Dyovanna Paiva, Rodrigo Augusto.
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