5º dia do Setenário das Dores - "Aos pés da Cruz"

       A cada dia que passa, o Santuário de Nossa Senhora de Nazaré vai se tornando pequeno para receber tantos fiéis que se preparam espiritualmente, junto à Maria para a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

Após a Santa Missa das 19h desta quarta-feira 09,  e com a participação especial do terço das mulheres, iniciou-se fervorosamente a meditação do 5º dia do Setenário das Dores: "Aos pés da Cruz".

 Meditando sobre mais um sofrimento de Maria Santíssima, Padre Rondineli  deixou emocionada toda a assembleia, lembrando que  "A bem aventurada Virgem Maria,  sofreu profundamente a dor de seu Filho amado junto à cruz de Jesus, mas permanecia de pé junto a Ele. Também hoje estamos junto à Maria sofrendo e vendo seu filho sendo crucificado entre dois ladrões, mas em seu coração de mãe  o sofrimento era suportado. E assim ela confirma ainda mais a sua adesão à vontade de Deus. Maria está sempre presente, acompanhando seu filho até o último instante de sua vida. Acompanha seu filho pelo caminho doloroso da morte, assim como Abraão acompanha seu filho Isac para o holocausto - Isac - o filho da promessa - iria ser sacrificado pelo seu pai, mas Deus teve compaixão dele e o poupa. Diferentemente  de Abraão, Deus não poupou seu próprio Filho, mas fortalece Maria para  o acompanhar de forma silenciosa  mas resignada, o sofrimento e morte de seu filho. 

 Acompanha toda a sua trajetória até os últimos instantes.  Mesmo  sofrendo, sua fé é inabalável. E hoje quantas são as mães que acompanham seus filhos nos caminhos perdidos da vida? Mas deve estar presente no coração dessas mães a mesma fé que teve  Maria, porque  a morte já não é mais uma vilã que nos assombra, pois  ela inaugura um tempo novo na vida - a passagem para a Ressurreição, assim como foi para Jesus. Com o derramamento do seu sangue reconcilia com Deus toda a humanidade perdida no pecado.

 Nossa Senhora nos ensina a viver plenamente assim como Jesus consumiu a sua própria vida por amor a cada um de nós. Aprendamos com Maria, pois da morte sobrevém a vida. Precisamos crer que a morte não é castigo.

Neste momento nos faz necessário ter a mesma fé de Maria. Quando passamos de fracasso em fracasso,  quando nos envolve o poder das trevas, sentimos que Deus parece  ter esquecido da sua misericórdia para conosco; já não temos mais força para rezar. Quando parece que tudo está consumado,  é neste momento que devemos lembrar da fé de Maria quando ela mesma diz: 'Pai meu, eu não te compreendo, mas mesmo assim creio em vós'

 Deus nos põe à prova em diversos momentos da nossa vida,  para ver o que está em nosso coração; muitas vezes viramos as costas para Ele, mas  que nos momentos dos calvários de nossa vida, encontremos diante Dele a maturidade da fé e que encontremos também  gestos verdadeiros para aceitarmos a vontade do Pai.

Maria, nós te contemplamos corajosa, firme na fé e na missão universal: a missão de ser a mãe de todos nós; ensinai-nos a seguir o seu exemplo pela graça do Espírito Santo e em nome de Jesus. Que assim seja!"

Texto: Doraci Couto

Fotos: Helder Costa e Everton