terça-feira, 24 de maio de 2016

A rosa preferida, Rita de Cássia

Impossível não se comover com a história da grande mulher, Rita. Nascida e criada na cidade de Cássia na Itália, nascida e criada pelas mãos de Deus que distribuiu inúmeros e incontáveis encantos na vida da jovem guerreira que ganhou a honra dos altares. Se alguma menção à Sagrada Escritura pudesse ser feita para definir Rita de Cássia com certeza não fugiria da Carta de São Paulo que exalta as virtudes da fé, da esperança e do amor.
Sentindo-se acesa toda em caridade, Rita de Cássia viveu uma vida de amores pelos solos terrenos. Ela viu em seu marido um coração cheio de rancor, de mágoas e rivalidade e foi com o joelho no chão e o testemunho de sensibilidade e verdade que a digníssima esposa fez com que Paolo se prostrasse no chão e reconhecesse que a vida em Deus era cheia de sabores inigualáveis.  A caridade suporta tudo, a caridade jamais acabará. Rita, não deixou de amar seu marido e não se voltou contra Deus quando Paolo foi assassinado pelos inimigos políticos, mas elevou aos céus um clamor pelos seus filhos para que eles não vingassem a morte de seu pai.
Esperança. Foi nutrida por ela que Rita viveu os dias após a perda do marido e dos filhos. Esperança que Deus haveria de ouvi-la e quando ela deitou-se sobre uma grama e pediu ao Pai celestial que a levasse, Ele fez mais; levou-a para dentro de um convento onde os sinos não resistiram e badalaram perante grande vitória e grande graça.
A festa de Santa Rita em 2016 foi celebrada junto à Solenidade da Santíssima Trindade. Foi inspirada pelo Pai, Filho e Espírito Santo que a freira de Cássia se compadecia dos irmãos e rogava ao Deus trino um amor que pudesse fazê-la entregar tudo por algo maior. Assim o amor de Rita se transformou em uma cruz, um estigma para aquela que queria amenizar a dor de Cristo salvador.
Fé, Rita dos impossíveis é invocada pelos homens que aqui ficaram e se deixam tocar pela sensibilidade da linda história da mãe, mulher e filha, Rita de Cássia.
 A devoção popular à Santa é expressa na rosa que cada um carrega nos braços, no medalhão que estampa sobre o corpo a proteção contínua, nas mãos estendidas de mães e esposas que pedem força, no sorriso dos filhos, na lágrima que escorre nos olhos, no canto que ecoa por todos os cantos louvando a Deus pela rosa preferida. A fé em Santa Rita vai além de uma procissão ou de um 22 de Maio, mas é guardada em casa, nos altares, nas pequenas flores, nas velas que queimam, nos amores que amam, nos sonhos que não se esvaem perante a relatividade da sociedade.

Como não se inspirar em Santa Rita? Impossível! Movida por esse amor, a Paróquia/Santuário de Nossa Senhora de Nazaré participou do novenário em honra a Santa padroeira da cidade de Ritápolis e promoveu no último domingo (22) a Festa em honra a Rita dos impossíveis com a procissão e a Santa Missa no Santuário, presidida pelo digníssimo pároco. 

22 de maio não é um tempo Cronos, é um tempo Kairós esperado por todos para que em meio ao perfume das rosas, em meio ao exemplo da grande Rita; a rosa preferida a força inunde o coração de cada fiel para que compreendam que só se chega à vitória quando se passa pela Cruz.
Matéria- Rodrigo Augusto
Fotos- João Carlos Castanheira e Padre Rondineli Cristino

Nenhum comentário:

Postar um comentário