terça-feira, 18 de abril de 2017

Aleluia,aleluia, aleluia, o Ressuscitado vive entre nós!


Já não há mais choro nem dor,pois venceu a morte o Eterno Amor!

Que a alegria da Páscoa seja vibrante em cada coração.
No último sábado, 15, a Solene Vigília Pascal instaurou o momento de transição da vida antiga para a vida nova. Assim, a Páscoa foi inaugurada oficialmente no Santuário às 20h através da reflexão litúrgica e do desvelamento dos Santos, Mártires e principalmente de Nosso Senhor Jesus Ressuscitado.
Para rememorar a história da salvação, as Leituras contemplaram a Criação do mundo, o sacrifício de Abraão, a vitória de Moisés sobre os egípcios e as meditações de São Paulo acerca do mundo novo cujos pecados foram lavados pelo dilúvio da Cruz.
Na manhã de domingo, 16, houve celebração de Santa Missa às 8h e 11h, com especial destaque para a cerimônia de batismo às 9h. Importante ressaltar que 12 cristãos e cristãs pequeninas nasceram novamente no dia da Ressurreição para serem introduzidos na Fé Católica por meio da Glória do Cristo que triunfou sobre a morte.

Às 17h30, os fiéis reuniram-se em procissão e percorreram as ruas da cidade guiados pela imagem fulgurante do Santíssimo Sacramento. Logo em seguida, Pe. Rondineli Cristino presidiu a Santa Missa de encerramento da Semana Santa. Naturalmente, a Glória de Cristo Ressuscitado não se limita apenas ao período de 7 dias protagonizado pelos eventos paroquiais. Muito além disso, a Santidade representada pela vitória de Cristo sobre a morte enaltece que cada cristão deve incorporar dentro de si a Páscoa que dissipou as trevas do pecado e resplandeceu as luzes do paraíso celeste.
Nesse contexto, rompem aleluias pela Alegria inenarrável da Ressurreição. Concernente a isso, Irmão Domingos afirmou que muitos filhos de Deus sofrem mais com a Sexta-feira da Paixão do que se alegram com o Domingo da Ressurreição. Através de palavras sábias e providenciais, ele reprova esse tipo de sensibilidade mais aflorada pelo luto do que pelo júbilo. Afinal, ser cristão é sinônimo de alegria e a Páscoa simboliza o ápice em que todas as dores são convertidas em uma Alegria maiúscula, que vai muito além de simples euforia ou prazer fugaz. Desse modo, cabe mergulhar na alegria da Ressurreição mais do que afogar-se na dor da Paixão.

No desfecho da celebração, o pastor ajoelhou-se perante as ovelhas para demonstrá-las, como Jesus em sua vida terrena, a face humana de cada vivência espiritual. Essa metáfora é muito apropriada para descrever o gesto de gratidão e subserviência praticado por Pe. Rondineli ao agradecer todos os colaboradores e até mesmo aqueles que não participaram do caminho eclesial que conduziu àquele festejo da Ressurreição. Com a mesma postura exemplar de servo alheio às hierarquias de superioridade e prestígio, o pároco ainda desculpou-se por suas possíveis falhas e limitações.
Na Sacristia, a Alegria da Ressurreição concretizou-se por meio da bela confraternização entre Ministérios e Pastorais. Após todos os abraços e cumprimentos afetuosos dados e recebidos de forma tão calorosa, ficou claro a todos que o legado de vida em abundância já habitava a morada que Jesus havia construído no fundo, na fenda e na infinitude da alma de cada irmão.
Matéria- Guilherme Freitas
Fotos- Carmen Nogueira, Rodrigo Augusto, Rento Garcia

sábado, 15 de abril de 2017

Paixão de Cristo

O velho mundo em 7 dias e o mundo novo em 7 palavras:
Conforme determina a piedade cristã, a Sexta-feira Santa ficou marcada pelo encerramento da Vigília de Adoração ao Senhor Jesus. Na celebração da última Via Sacra, o silêncio inaugurou períodos de meditação entre os quais ouvia-se apenas os passos cautelosos da peregrinação e os pássaros anunciadores da alvorada.

Uma das principais riquezas litúrgicas da Semana Santa, o Ofício de Trevas contextualizou o Sacrifício Redentor de Cristo através de Salmos e Leituras que expressam o caráter fundamental desse dia na agenda do Catolicismo. Importante ressaltar que Nazareno é uma das poucas cidades que ainda perpetuam essa prática religiosa tão simbólica e representativa.
Na Solene Ação Litúrgica, houve a veneração da cruz na qual Cristo se ofereceu como Sacrifício Perfeito para remir os pecados do mundo. Para além das possibilidades de expressão da linguagem, só o silêncio dos filhos do Senhor foi capaz de adorar verdadeiramente a prova de amor derramada na cruz em forma de corpo e em textura de sangue. Ao narrar o Evangelho da Paixão de Cristo, é preciso ter em mente que não se trata de um teatro que simplesmente representa o sofrimento de Jesus. Na verdade, a Paixão da Morte de Cruz transcende o sentimentalismo banal presente no convívio de tantos relacionamentos e grupos sociais. A Paixão aqui registrada diz respeito ao Ágape Divino, isto é, ao amor incondicional que sobrevive aos limites impostos entre a vida e a morte. Em um mundo cada vez mais propenso a tornar pessoas objetos descartáveis, apaixonar-se para Jesus é reconhecer-se no outro a ponto de doar sua própria existência como ato de misericórdia.
Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou. Jesus, por sua vez, restaurou o mundo criado pelo Pai em seis palavras e na sétima suspirou. Para muitos espectadores daquele momento de dor, aquele havia sido o último suspiro. Mal sabiam eles que Jesus aspirava todos os pecados e somente aqueles de muita fé contemplaram um sopro de vida no que parecia ser um fôlego de morte. Como se sabe, a cerimônia de descendimento da Cruz é uma restituição do contexto em que Cristo foi apregoado no madeiro e flagelado pelo chicote dos soldados e pelo coração descrente do povo que o condenou. No entanto, muito mais do que uma simples recordação da Paixão e Morte de Jesus Cristo, todos os fiéis presentes representam, cada qual a seu modo, uma parcela do povo que apoiou a libertação de Barrabás e outra parte que lamentou verdadeiramente o sacrifício empenhado por Cristo para redimir a humanidade.
Ao propor essa reflexão com tamanha eloquência, Irmão Domingos enfatiza que somos responsáveis pela crucificação diária de Cristo em todas as vezes que negamos ao próximo o amor que levou Jesus a morrer por nós. Por assim dizer, o sacerdote comentou sobre as circunstâncias da vida de Jesus que cada cristão também vivencia sem a mesma postura de acolhida, sabedoria e humildade. As mulheres apedrejadas por meio de palavras ultrajantes, os enfermos abandonados no leito, as crianças esquecidas nas ruas e os idosos desprezados pela família: tantas cruzes depositadas no ombro dos que mais precisam de um colo. Todos eles muito mais identificados com Cristo do que qualquer frequentador assíduo da Igreja. No fundo, o cristão deve escolher entre personificar o exemplo de Jesus ou de seus algozes. Ao final, se a escolha for o caminho celeste, Nossa Senhora aguarda os bem-aventurados com seu colo e carinho maternal, assim como sustentou o corpo de Seu Filho castigado pelos cravos e pela coroa de espinhos.
Segundo as palavras incendiadas pelo fogo espiritual da voz de Irmão Domingos, “o letreiro da maledicência” assume a figura dos católicos e religiosos que tão somente velam à distância o corpo de Cristo e não incorporam as atitudes de Fé demonstradas pelo Cireneu e por José de Arimatéia. Em sentido metafórico, honrar o corpo de Jesus significa levantar do chão o irmão caído nas agruras da vida.
Após o sermão em memória e glorificação de Cristo Crucificado, o povo de Deus seguiu em cortejo de profundo silêncio pelas ruas da cidade. As orações proclamadas durante a procissão e a sinfonia melancólica perfeitamente orquestrada pela Banda Municipal Nossa Senhora de Nazareth ambientaram o clima de dor e esperança que marcou o percurso do Cordeiro Imolado até o sepulcro. Por fim, a noite declinou como se não fosse mais possível amanhecer. Mesmo assim, o coração contrito de cada filho de Deus voltou para casa na esperança da Ressurreição e batendo no ritmo das horas que anunciam o Tempo de Páscoa do Senhor.
Matéria- Guilherme Freitas
Fotos- Helder Ramos, Hugo Geovani, Luan Braz

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Deixa vir a mim as criancinhas, pois delas é o Reino de Deus

Na tarde da Quinta-feira Santa,13, a Paróquia Nossa Senhora de Nazaré fez a Celebração da Ceia do Senhor com as criança da  Catequese de Primeira Eucaristia. Irmão Domingos dirigiu a Cerimonia.
Os pequenos tiveram a oportunidade de ouvir o Evangelho da Ultima  Ceia e por meio dele,perceber a grandeza do amor de Jesus pelo ser humano.
A necessidade de amar e servir ao próximo também pode ser ilustrada para as crianças por meio do lava pés.
O momento foi vivido com muita fé e alegria, tais atitudes estava explicitas no sembrante das crianças e também nas expressões e gestos de Irmão Domingos.
Fotos- Rodrigo Augusto 

Quinta-feira Santa

Por um pedaço de pão e um pouquinho de vinho, Deus se tornou refeição e se fez o caminho!
Eu também vi muita gente voltar novamente ao convívio de Deus!  
  A liturgia da Quinta-feira Santa é um convite a aprofundar concretamente no mistério da Paixão de Cristo, já que quem deseja segui-lo deve sentar-se à sua mesa e, com o máximo recolhimento, ser espectador de tudo o que aconteceu na noite em que seria entregue para o sacrifício. Nese dia dá-se especial atenção à Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio e acontecem duas celebrações significativas: a Missa do Crisma na Catedral, presidida pelo Bispo junto com todo o clero diocesano e a Missa Vespertina da Ceia do Senhor.

A Missa do Crisma  manifesta o mistério do sacerdócio de Cristo, participado pelos ministros constituídos em cada Igreja local, que renovam hoje seu compromisso ao serviço do povo de Deus.
O bispo, cercado pelos outros sacerdotes, abençoa os óleos, que serão usados nos diversos sacramentos: o crisma (óleo misturado com perfumes), para significar o dom do Espírito no batismo, na crisma, na ordem; o óleo para os catecúmenos e o óleo para os enfermos, sinal da força que liberta do mal e sustenta na provação da doença.
Na Catedral do Pilar a celebração aconteceu às 9h30min, foi presidida pelo Bispo Emérito Dom Waldemar Chaves de Araújo.

 Na Paróquia/Santuário Nossa Senhora de Nazaré, a celebração da Ceia teve inicio às 19h30min. Foi Presidida por Padre Rondineli e concelebrada por Padre Adeny Pedroso. Na procissão de entrada, o casal Marise e Jhonnas apresentaram para a comunidade os Santos Óleos, destinados aos Sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos.

 Na Celebração da Ceia do Senhor, a 1ª leitura faz-nos o relato da ceia pascal judaica. “A leitura termina dizendo: “Esse dia será para vós uma data memorável, que haveis de celebrar com uma festa em honra do Senhor”: Festejá-lo-eis por todas as gerações como lei perpétua”. Assim pretende-se recordar que não foi por acaso que Cristo escolheu para a sua Eucaristia o contexto da refeição comemorativa da primeira Páscoa da história da salvação.

 O seu ritual pode ajudar-nos a rever o que Cristo celebrou e a percebermos melhor que Cristo é o nosso Cordeiro pascal. É Ele que nos marca com o Seu sangue e nos alimenta com a Sua carne. Seguido nessa linha de reflexão padre Adeny exortou a comunidade a buscar sempre alimenta-se da Eucaristia, a apreciar esse banquete para não passar fome, pois “quem tem muita fome alimenta-se de lixo”, afirmo o padre.
 O gesto de Jesus de lavar os pés dos Apóstolos foi rememorado pelo presidente da celebração em sinal de humildade e serviço aos irmãos. Após o traslado das Especieis Eucarísticas, os Altares foram desnudados e a comunidade foi convidada a entrar em um profundo silêncio orante.  Durante toda a noite os ministérios e pastorais bem como todo o povo se revezaram em adoração a Jesus depositado na urna Eucaristia. 
Matéria- Carmen Nogueira
Fotos- Carmen Nogueira e Ismair Jenuario, Pascom de Santa Cruz de Minas

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Pai, eu não te entendo mais, mas confio em Ti


Já tendo em vista o Cristo ressurreto na manhã de domingo, a Paróquia/Santuário de Nossa Senhora de Nazaré intensifica sua preparação para a grande festa da Páscoa e nessa quarta feira santa as celebrações foram marcadas pela piedade, oração e presença forte da Virgem Maria, Senhora das Dores.
Às 9h aconteceu a piedosa e emocionante celebração da Santa Missa com os enfermos presidida pelo Reverendíssimo Padre Odair da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora de Lavras e em uma sublime homilia ele ressaltou a presença de Maria de pé ao pé da cruz e garantiu a todos os presentes que ao pé da cruz de casa filho lá está a mãe. 
Os enfermos e idosos foram ungidos com os santos óleos, a fila da unção era formada por pessoas de fé que sobem ao altar do Senhor com o desejo de cura e de encontrar forças para a pesada cruz da enfermidade. Os cantos que sabem de cor, a Eucaristia que é recebida com o sorriso no rosto, a lágrima que escorre nos olhos de quem cuida deles prova, ainda que na simplicidade, que há fé em meio a tanta dor e sofrimento. 

A presença sentida de Maria durante as celebrações do dia foi materializada na veneranda imagem de Nossa Senhora das Dores que na Igreja do Rosário tinha lugar de destaque durante a Santa Missa e ao fitar os olhos naquela linda imagem era possível sentir que daquela face triste transbordava misericórdia e confiança naquele que também confio nela. 
Deus Pai entregou a Senhora a Missão árdua de educar e formar o Cristo e depois a morte O entregar, em meio a tanto sofrimento e alma padecente em dores, Maria em todos os momentos guardava as palavras no coração e dizia " Pai, eu não te entendo mais, mas eu confio em Ti".

A chuva, ao fim da noite, impediu com que a procissão fosse realizada, mas no interior dá Igreja um terço foi recitado e os mistérios gloriosos antecipam a alegria prestes a chegar na Páscoa. 
 Às 21h, o Santuário acolheu os jovens da Paróquia, em especial do grupo JUCC, que de forma comunitária receberiam a absolvição de seus pecados e encontrariam a reconciliação com Deus. 
A vida insiste em levar pessoas boas cedo demais, aos 33 no alto da cruz o mundo viu partir aquele que iria redimir todos os homens, tudo isso diante dos olhos da mãe que tanto amou. A confiança falou mais alto e fez existir esperança para que, no fim da vida combatendo o bom combate, guardando a fé e conquistando a corrida, a espada de transpassada na alma se transformasse em uma coroa de rainha do céu e da terra.

 "Sempre que me bate o desânimo, a desesperança e o temor, procuro me desvencilhar destes sentimentos, lembrando que, lá no final, está um sonho muito maior que o meu, está o sonho de Deus" (Ivna Sá)

Matéria:Rodrigo Augusto
Fotos: Carmen Nogueira, Cássia Pereira, João Carlos Castanheiras e Marliere Santos