terça-feira, 10 de outubro de 2017

Heitor Augusto, o vinhateiro fiel

Paróquia celebra o aniversário de morte do baluarte da fé nazarenense, Cônego Heitor
Já bem canta o hino composto por nazarenenses fiéis Nalzira Resgala e Antônio de Souza : Partiu para o alto (...) deixou na terra a saudade. São inúmeras as pessoas que recordam até hoje os feitos de Heitor Augusto, um ser humano que não foi imortal, mas com seus gestos de santidade alcançou o feito de se tornar inesquecível. Alguns que ainda vivem relatam o jeito único que puderam ver fisicamente na pessoa do Cônego Heitor, outros, a maioria, só ouviu falar desse santo homem, mas são muitos anciãos e criancinhas que guardam um carinho enorme pela virtuosa alma dessa grande ser cujo exemplo de santidade já se perpetuou pela eternidade. 
Transcorridos 62 anos do fatídico dia 8 de Outubro de 1955 em que as portas do céu se abriram para o Cônego Heitor, a Paróquia/Santuário Nossa Senhora de Nazaré celebra com o júbilo devido o aniversário de morte do reverendíssimo e deixa plantado no coração dos viventes a semente de seguir os seus passos. 
Desde o dia 29 de Setembro, dezenas de devotos se reúnem na capela do cemitério paroquial para rezarem o santo terço em sufrágio da alma do Cônego Heitor. Com as necessárias aprovações eclesiásticas, uma oração pela sua virtuosa alma é proferida por todos que a ele rogam intercessão e que muitos já sabem de cor. Essa oração antecedeu a bênção final da primeira celebração da Eucaristia do domingo (8) dedicado à memória de Heitor Augusto.
Devotos de Nazareno e romeiros de cidades vizinhas lotaram o Santuário da Virgem de Nazaré para a Santa Missa das 8h presidida pelo pároco Padre Rondineli. O busto do Cônego Heitor teve lugar de destaque no altar-mór da Igreja, muito perto da Virgem Maria, Senhora de Nazaré que foi fiel companheira do homem santo. Como diz a oração à sua virtuosa alma : "Os seus devotos são os devotos da Virgem de Nazaré". Cônego Heitor foi um dos principais responsáveis para que a devoção à Senhora de Nazaré se espalhasse por esse abençoado torrão.
Os frutos do testemunho de vida do reverendíssimo devoto de Maria são colhidos no dia de hoje, vede o Jubileu que atrai inúmeros devotos que a Paróquia celebrou no mês de Setembro, quantos são os Heitor's, os Augusto's que essa terra tem. Isso foi ressaltado por Padre Onaldo Junior na homilia da Missa das 10h30min que o mesmo concelebrou. 
Filho de Nazareno e com o amor pelo Cônego Heitor presente no DNA, Padre Onaldo participou de forma afetiva da Santa Missa solene às 10h30 presidida também pelo pároco Rondineli Cristino. Mais uma vez o Santuário recebeu a presença de muita gente, principalmente das cidades vizinhas que vieram agradecer os milagres operados por Deus na vida de muitos pela intercessão da virtuosa alma daquele que, por essas terras, já é tido como santo.
A liturgia dominical ressaltava a vinha de Deus e aqueles que dela cuidam, Cônego Heitor foi um exemplo de vinhateiro que pastoreou suas ovelhas, educou e catequizou seu rebanho e fez com que o Reino de Deus fosse propagado na terra através de suas palavras e seus gestos.
A proximidade com Deus e intimidade com Nossa Senhora não impediram que Heitor Augusto sofresse perseguições e provações aqui na terra, nessa mesma cidade que hoje o venera. Mas sua fé inabalável, sua esperança e confiança e seu inesgotável desejo de caridade fizeram com que ele fosse perseverante em meio a todas elas.
Em um cortejo que misturava o fato fúnebre do dia e a ação de graças, os devotos seguiram rumo ao cemitério, onde em frente à sepultura onde jaz Cônego Heitor foi feita a encomendação de sua virtuosa alma. Diante do túmulo passam muitas pessoas que trazem consigo siringa, agulha, algodão e fé e saem de lá com uma água que milagrosamente brota do interior da sepultura e fortifica a todos que dela fazem uso. 
Ainda que Cônego Heitor não é oficialmente chamado de santo pela Igreja Católica e não tem a honra do altares, no coração dos homens já há essa certeza que guia e nutre a todos nesses caminhos trilhados sob a inspiração do Evangelho que ele pregou que nem o tempo e nem relativismo conseguiram apagar. 

Matéria: Rodrigo Augusto.
Fotos: Carmen Nogueira, Rodrigo Augusto.

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