quarta-feira, 28 de março de 2018

Terça- feira do Encontro de Jesus e Maria

Confia e verás, a cruz não é o fim

Uma celebração litúrgica de muita piedade é a Procissão do Encontro, um momento que marca o encontro da Virgem Maria com Seu Filho Divino, carregando a Cruz no caminho do Calvário, pelas ruas de Jerusalém, depois de ser flagelado, coroado de espinhos e condenado à morte por Pilatos. Tempo de profunda reflexão sobre as dores da Mãe de Jesus, desde o Seu nascimento até a Sua morte na Cruz. Jesus sofreu a Paixão; a Virgem sofreu a compaixão por nós.
Não é difícil imaginar o quanto Nossa Senhora sofreu ao ver Seu Filho ser perseguido, odiado, jurado de morte pelos anciãos e doutores da lei que o invejavam. Quantas ciladas Lhe armavam! Quantas disputas Ele teve de travar com os mestres da lei.
A Paróquia/Santuário Nossa Senhora de Nazaré, percorre o itinerário em clima de contrição e em mais uma Terça- feira Santa ( 27 de março), os fiéis buscaram a Deus por meio da eucaristia e da reconciliação. 
Às 8h, na Capela de Santo Antônio, Padre José Nicomedes presidiu a Santa Missa com participação da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).
Logo em seguida, às, 9h, foi ministrado o Sacramento da Penitencia com confissão e absolvição individual dos pecados.

Às 18h30 na Igreja de Nossa Senhora do Rosário deu-se início a Celebração Eucarística que seria ponto de partida para a tão piedosa Procissão do Encontro.

Juntamente com o Madeiro da Cruz, os fiéis de puseram em procissão meditando ao longo dos passinhos os sofrimentos e amarguras sofridos por Jesus e sua Mãe. Todos os momentos foram abrilhantados pelo Coro e Orquestra que entoaram lindamente motetos fúnebres.

Às proximidades da Prefeitura Municipal, Mãe e Filho se aproximavam onde o povo pôde reviver esse santo encontro. Não há dor semelhante a essa de Nossa Senhora. Nós, que temos medo do sacrifício, devemos aprender, nesse encontro, a submeter-nos à vontade de Deus, como Jesus e Maria se submeteram. Aprendamos a calar nos nossos sofrimentos, e os olhares de Jesus e de Maria consolarão a nossa pobre alma sofredora.
Maria viveu os tormentos da Paixão de seu armadíssimo Filho. Encontra-O no caminho do Calvário, flagelado, coroado de espinhos, esbofeteado, destruído. Que mãe poderia aguentar tamanha dor? Seu Filho Santo, Deus, carregando nas costas a Cruz de Seu suplício!
Diácono Cleiton proferiu o Sermão do Encontro e de início solicitou que rezássemos pelos nossos governantes. Logo, salientou que devemos rasgar nossas vestes e não sermos cristãos da cultura da morte, daqueles que sepultam Jesus, mas não ressuscitam com Ele. Não basta apenas caminhar com Ele é preciso nos tornar Cristo para com o outro verificando se estamos se estamos seguindo seus passos, suas pegadas.
E quais os passos de Jesus devemos seguir? Amar ao próximo começando  por aqueles dentro de nossas casas, criar um ambiente de harmonia e respeito, ser uma pessoa de oração sabendo  que é preciso  passar pela cruz de Cristo suportando o peso assim como Ele suportou, ter perseverança e persistência e não desistir nunca.
Já Maria entregou-se sem reservas e aceitou seu destino desde quando o profeta Simeão profetizou que uma o Filho dela seria a salvação de muitos, mas também serviria de ruínas para outros. A partir desse momento uma espada de dor traspassou seu coração.
Podemos imaginar a dor de Maria Santíssima ao saber da traição que Jesus sofreu, dos seus maus tratos sendo insultado e blasfemado carregando aquela pesada cruz nas costas. Quanta dor Maria sentiu ao assistir à morte de seu Filho com o coração traspassado pelos mais cruéis sentimentos. Entretanto, fazer a vontade de Deus foi o seu conforto, porque Maria também no Calvário foi provada com o abandono de toda consolação! 
E é assim que devemos agir: sofrer em união com os sofrimentos de Jesus encontramos consolo, pois mesmo nos encontros e desencontros da vida nos encontramos verdadeiramente com Deus, daí compartilhamos com novas pessoas nossos sentimentos  e alegrias.
Após o término do Sermão do Encontro, o povo de Deus se pôs em caminhada até o Santuário e buscou a escutar o Sermão do Calvário o qual Diácono Cleiton levou todos os presentes à contemplar a abertura do véu que se rasgou e a beleza do encontro de Jesus, o Senhor da nossa vida e da nossa história  com sua mãe Maria, a Senhora das Dores.

Matéria: Cássia Pereira
Fotos: Cássia Pereira,Luan Braz, Pâmella Neri, Rodrigo Augusto

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