segunda-feira, 7 de abril de 2014

3º dia do Setenário - "A perda do Menino no Templo"

Após a Santa Missa das 19h no Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, prosseguiu-se a solene celebração do 3º dia do Setenário de Maria Santíssima "A perda do Menino no Templo".



 - Silenciar o coração - foi o pedido que fez padre Rondineli Cristino conduzindo os fiéis a uma reflexão em que a Quaresma continua sendo um tempo de sacrifício e penitência do corpo para a purificação da alma. Santo Agostinho define Quaresma como sendo "tempo de sacrifício, em que o homem, movido pelo amor deixa seu próprio tempo para dedicar-se à existência de Deus"



"Voltemos nossa atenção para Jesus. Estamos nos aproximando da Semana Santa onde Deus manifesta sua loucura de amor por nós. Contemplemos também a Maria - aquela que doou seu Filho por nós e que aceitou ser crucificado por amor, demonstrando assim que seu amor é sem medidas e foi também por esse amor que Maria dedicou toda a sua vida a Deus e a nós. Hoje, contemplemos mais uma dor de Maria - Ela apresenta seu Filho no templo, mas terminados os dias de peregrinação, ele desaparece dos seus pais, em vão eles o procuram; nenhuma informação; nenhuma notícia; a cada hora aumentava mais a sua dor. Onde estará Jesus? Maria chora porque perdeu seu Filho querido; filho por quem ela deu sua própria carne. Uma mãe não quer nunca perder seu filho . Imaginemos a angústia, o sofrimento. 



Não diferente à Maria, hoje muitas mães choram por perder seus filhos; quantas vivem entristecidas, pois seus filhos se perderam pelos caminhos das drogas, dos vícios. Quantas são as mães que se sentem solitárias pela perda de seu filho? Quantas são as mães que assim padecem? Muitas delas perderam seus amados filhos para a vida eterna, outras perderam-nos para uma vida vazia. Quantos são os 'Josés' que também sofrem pela perda dos seus filhos? Qual de nós nunca passou pelos tormentos da fé? Por isso, Jesus deve ser tudo para nós. Queremos estar juntos à Maria, pois ela nos aponta o Norte que é Deus. Muitas vezes fazemos a opção de não procurarmos Ele; quantas são as vezes que optamos por viver distantes Dele. Como é triste não querermos mudar! Que sejamos serenos para mudar nosso destino; que possamos mudar por nós mesmos. Que sejamos como Jó - queiramos perder tudo, mas não percamos a Deus. 





Quantas vezes estamos rodeados de amizades interesseiras, mas Deus nos ama incondicionalmente. Deixemos que Ele entre através das portas do nosso coração, mas que saibamos que Ele não arromba portas; é necessário que as deixemos abertas, pois Ele só entra quando é convidado. Que tenhamos em Maria o modelo a ser seguido: Não desanimemos diante das perdas da vida. Assim como Maria ficou feliz com o reencontro com Jesus, que também nós possamos sentir essa mesma satisfação reencontrando Aquele que nos aponta a Verdade.


Texto: Doraci Couto
Fotos: Helder Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário