quinta-feira, 17 de abril de 2014

Missa da Ceia do Senhor

A noite dessa Quinta-feira Santa foi repleta de grandes ensinamentos e valores. Às 19h 30min iniciou-se no Santuário a Santa Missa que relembra os intensos momentos da Ceia Derradeira de Jesus com seus apóstolos.


Noite santa, noite do Senhor, noite de amor, de luz, e de esperança. Dia da instituição da Eucaristia, do Mandamento do amor e do Serviço. Com Cristo, caminhemos até Jerusalém para celebrar com Ele a Páscoa.


Ele nos convida a abrirmos bem os ouvidos para ouvir seu mandamento: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”, e fazer de nossa vida um sacerdócio permanente. Servir, amar e celebrar sua eterna memória de amor, dever ser hoje o principal desejo. É preciso celebrar os mistérios mais profundos de seu amor: sua paixão, morte e ressureição. É preciso caminhar com Ele para a vida.


Ao término de sua reflexão Padre Rondineli invocou uma profunda oração, a qual meditou em nome de todos os fiéis pedindo:
“Ó Senhor Jesus, ó Senhor do Lava Pés, te peço: tome novamente o seu jarro de água e bacia, vem repetir aquilo que fizeste há mais de 20 séculos. Ó Senhor Jesus, sai da tua mesa e vem lavar os pés de todos nós reunidos neste Santuário da Virgem de Nazaré. Senhor, nós queremos que venhas lavar os pés de todos aqueles que vivem distantes de suas casas, aqueles que foram traficados, vítimas do trabalho escravo e de todos os males clamados pela Campanha da Fraternidade [...]."


Em seguida, iniciou-se o gesto do Lava Pés, grande manifestação de humildade e de amor.



Vamos acompanhar os gestos praticados por Jesus no lava-pés (Jo 13, 4-11). Este aconteceu numa refeição. Estar ao redor de uma mesa é sentar-se e partilhar as alegrias, as angústias, as emoções..., também algo para comer.



- Jesus levantou-se da mesa. Ele nos diz que é preciso sair do nosso egoísmo, mobilizar-se, ir ao encontro dos outros. 


- Tirou o manto. Jesus se esvazia de si mesmo e coloca-se na condição de servo. Ele nos ensina sobre a necessidade de despojar-se de tudo o que divide, dos fechamentos, das barreiras, dos medos, das inseguranças, que nos bloqueiam na prática do bem. 



- Pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Jesus põe o avental para servir. "Aquele que era de condição divina, humilhou-se a si mesmo" (Fl 2, 6-8). Ele nos propõe o uso do avental do servir na disponibilidade, e na generosidade, e ainda do comprometer-se com os mais necessitados e colocar-se em último lugar. 



- Colocou água na bacia. Jesus usa instrumentos da cultura do povo: água e bacia. Repete um gesto que era feito pelos escravos ou pelas mulheres. Ele quer nos dizer que para anunciar sua proposta é preciso entender, conhecer, assumir o que o povo vive, sofre, sonha... 


- E começou a lavar os pés dos discípulos. Para lavar os pés Jesus se inclina, olha, percebe e acolhe a reação de cada discípulo. Com o lavar os pés, Jesus nos compromete a acolher os outros com alegria, sem discriminações, a escutar com paciência, a partilhar os nossos dons... 



- Enxugando com a toalha que tinha na cintura. Jesus enxuga os pés calejados, rudes e descalços de seus discípulos. São muitos os gestos que Jesus nos convida a praticar para amenizar os calos das dores de tantos irmãos: visita a doentes e idosos, organizar-se para atender crianças de rua, uma palavra de ânimo a aidéticos, valorização de nossos irmãos indígenas... 



Diante da prática de Jesus podemos nos perguntar:
Quais os gestos concretos que nós como cristãos, vamos assumir? Será que esta Páscoa pode ser igual a outras tantas?

Queremos ser a Igreja do avental, que se coloca a serviço na defesa dos que mais sofrem, dos que não têm defesa. Vamos com coragem vestir o avental do servir na alegria e testemunhar todos os gestos praticados por Jesus. Só assim poderemos realizar sempre a festa da Ressurreição.


Ao final da Eucaristia aconteceu a translação do Santíssimo Sacramento para o Centro de Pastoral Padre Francisco de Andrade, onde permanece em adoração até às 05h.






No retorno para o Santuário, aconteceu a desnudação dos altares, velando toda a Igreja. Sinal da profunda dor e do grande luto vivenciados no dia que se recorda a morte de Jesus.




Consultas: Semanário Litúrgico e
http://www.catequisar.com.br/ 

Matéria - Waldecy Junior
Fotos - Thailyne Eduarda

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