quinta-feira, 30 de junho de 2016

Santos Venerados na Igreja do Rosário

Neste mês de junho, dentre várias festividades religiosas a Paróquia Santuário Nossa Senhora de Nazaré, mas precisamente a comunidade do Rosário celebrou a festa em honra à Nossa Senhora do Rosário. Tal festividade engloba antigas tradições, que embora estando vivas nas atuais gerações perdeu-se em seus registros históricos.
O que se sabe é que a tradição vem de longa data. Os poucos registros encontrados relatam que a Igreja do Rosário foi construída no século XVIII pelos negros, logo após a construção da primitiva capela de Nossa Senhora de Nazaré. Sendo esta uma igreja construída pelos afrodescendentes traz em si a veneração dos santos de sua devoção, São Benedito, Santa Efigênia e fazendo uma junção com a tradição portuguesa, São João Batista.
 A história de São João Batista pode ser conhecida através dos Evangelhos. Mas quem foram São Benedito e Santa Efigênia?

São Benedito
São Benedito é o primeiro negro canonizado na Igreja e seu exemplo de vida merece ser seguido. Ele era descendente de escravos oriundos da Etiópia, na África. Foi pastor de ovelhas e lavrador. Aos 18 anos de idade, empolgado com a fé cristã, consagrou-se a Deus.Aos 21 ingressou na ordem dos franciscanos. Fez votos de pobreza, obediência e castidade. Uma característica interessante de São Benedito é que ele era analfabeto. No convento, foi designado cozinheiro, uma função comum nos conventos, porém, de grande responsabilidade. Era um cargo de extrema confiança. Caminhava descalço pelas ruas e dormia no chão sem cobertas. Por causa de sua fama de santidade, era muito procurado pelo povo, que desejava ouvir seus conselhos e pedir-lhe orações. Ele retirava mantimentos do Convento, escondia-os em suas roupas e os levava para os famintos da cidade.
 Santa Efigênia
Segundo a tradição, Santa Efigênia (a primeira santa africana) era filha do rei da Etiópia, Eglipo e da rainha Ifianassa. Essa ilustre família real etíope teria, também, sido convertida pelo Apóstolo Mateus. Heroína da fé, dedicou-se à oração e ao apostolado. Tornou o nome de Jesus conhecido por toda Etiópia.Sua conversão a Jesus Cristo fizeram com que os sacerdotes idólatras convencessem ao imperador a sacrificar a própria filha aos deuses pagãos: se assim procedesse o rei se faria imortal.Deslumbrado pela possibilidade de viver para sempre, o pai de Efigênia entregou sua filha para ser sacrificada e queimada. No momento de ser imolada, cheia de fé , invocou com confiança o nome de Jesus.Nesse momento apareceu-lhe um anjo, que a salvou das chamas, conduzindo-a de volta ao palácio real. Nesse mesmo dia, o Príncipe Efrônio, seu irmão, adoeceu gravemente.Apesar dos esforços dos sacerdotes magos, veio a falecer. O imperador Égipo, aturdido pelos acontecimentos, permitiu que São Mateus viesse visitar o filho.São Mateus impôs as mãos no falecido e restituiu-lhe a vida. A partir deste momento o imperador permitiu que o Evangelho fosse pregado por toda a Etiópia. Efigênia recusou-se a casar com o príncipe Hitarco. O pai mandou incendiar o convento e matar são Mateus, que também protegeu Efigênia, pois já a consagrara a Deus para sempre.Sabe-se que Efigênia fundou um Mosteiro e que ela própria o salvou das chamas, invocando o nome de Jesus. Eis porque a Santa traz em suas mãos uma casa e tornou-se símbolo de todos aqueles que buscam a salvação do lar e lutam para ter uma casa própria.
Matéria- João Vitor Abreu
Fotos -  Rodrigo Augusto


Nenhum comentário:

Postar um comentário