sexta-feira, 2 de setembro de 2016

No berço humilde e pequenino, esquece a inveja e vive sem rancor

Em sua última passagem pelo novenário da Virgem de Nazaré, Padre Javé encerrou o terceiro dia da novena convidando a todo do povo de Deus ouvinte, a refletir  sobre Maria de Nazaré e o nascimento de Jesus, o rosto misericordioso do Pai, ao qual nosso olhar deve se voltar para as atitudes dos pastores que foram convidados a ir até Belém , presenciar de coração, a misericórdia de Deus.
Segundo a leitura da Sagrada Escritura, os pastores,que receberam uma mensagem do anjo, o qual dizia que " Na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor"  puderam ver ao chegar no presépio um menino simples, envolto em panos, deitado numa manjedoura, rodeado de animais. Este seria a Salvação da vida eterna. Naquele presépio, o gênero humano pôde contemplar o rosto misericordioso do Pai.
O grande paradoxo para nós é que a misericórdia não se importa com grandes aparências, ela precisa de pequenos detalhes para acontecer. A misericórdia consegue ter seu rosto na simplicidade do presépio em meio aos animais e não no meios dos sábios, dos altares.
Papa Francisco, na Bula do Ano Santo da misericórdia nos reforça que esse amor tornou-se visível e palpável. Nele nada há desprovido de compaixão. Nada há em Jesus que não nos fale em misericórdia.
Santo Afonso Maria de Ligório, bispo e doutor da igreja, escreveu :"Como vos custou me ter Amado"? O caminho que nos leva ao céu, passa pela nossa humanidade. A Igreja confia em nós e é possível viver novo céu e nova terra.
Que o Natal seja todo dia, que Deus nasça sempre em nossos corações, para que tenhamos a coragem de levar comida aos famintos, visitar os idosos, haja espaço de conversa em casa.
Papa Francisco quer ver concretude neste Ano Santo e para isso nos aponta obras de misericórdia. Obras corporais como dar de comer aos faminto, assistência aos presos, vestir os nus e obras espirituais como perdoar os erros alheios, rezar a Deus pelos vivos e defuntos, ensinar o caminho de Deus.Isso é para todos, pois ninguém está dispensado das obras de misericórdia.
No presépio, Jesus nos aponta um caminho diferente onde não vemos a inveja, o rancor, a soberba.Lá reina a simplicidade que cativa. Não há quem não sem comova.
Já olhando para Maria vemos uma figura de entrega, atitude de maravilhamento, nos ensina a viver a misericórdia. Ela guarda tudo no seu coração, passo a passo da vida de seu filho desde o presépio ate a morte no alto da cruz. Ela é o farol que aponta o caminho de Jesus,mostra que está ali por causa daquele menino, o qual aceitou ser sua mãe. Nos ensina que não precisamos ter medo, pois no meio de nós está Aquele cheio de misericórdia.
Maria nos oferece um amor divino, rosto da misericórdia que não devemos contemplar mas vivenciar, pois também somos pastores e viemos da manjedoura para glorificar a Deus, cultura de amor.
Maria, quão bela é sua atitude diante da manjedoura: silêncio e contemplação! Ajudai-nos a ser como pastores, rápidos em vir ver o Senhor e em voltar glorificando a Deus, Oh Clemente, Oh piedosa, oh Doce sempre Virgem Maria.

Matéria: Cássia Pereira
Fotos: Marliere Santos


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